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O que é a COVID-19 longa?

A COVID-19 longa é uma condição crônica que acontece após a infecção do SARS-CoV-2. Nesse caso, os sintomas permanecem por pelo menos três meses, podendo melhorar ou piorar no decorrer do tempo.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde outubro de 2021, a condição ganhou esse termo por seus efeitos a longo prazo. Estudos mostraram que aproximadamente entre 10 e 20% dos pacientes com COVID-19 apresentaram esses sinais por semanas ou meses após a infecção do vírus.2

Quatro anos após a eclosão da pandemia, a COVID-19 continua circulando pelo mundo. Acesse nossa página para saber mais detalhes sobre a transmissão, as medidas de prevenção e as opções tratamento disponíveis!

Ilustração Covid continua circulando

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Quais são os sintomas da COVID-19 longa?

Os sintomas mais comuns da COVID-19 longa são a fadiga, a falta de ar e a disfunção cognitiva.2 No entanto, outros sinais registrados em pesquisas incluem:3

  • Tosse persistente;
  • Perda de olfato e/ou paladar;
  • Dores musculares;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Tontura;
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Mudança na pressão arterial;
  • Trombose (coágulos em veias ou artérias que impedem o fluxo sanguíneo e causam inchaço e dor na região afetada);
  • Diarreia;
  • Dor no peito;
  • Baixa mobilidade
  • Taquicardia (aumento da frequência cardíaca).

Esses sintomas podem ser leves ou graves dependendo do caso, o que, muitas vezes, pode exigir cuidados especiais.2 Geralmente, os idosos tendem a ter sinais mais graves durante um período maior.3

Quem corre risco de ter COVID-19 longa?

Apesar de qualquer pessoa ter a possibilidade de contrair a COVID-19 longa, existem grupos com maiores chances de desenvolver a doença. Fazem parte desses grupos:1

  • Mulheres;
  • Hispânicos e latinos;
  • Pessoas que desenvolveram a forma grave da COVID-19 (principalmente aquelas que foram hospitalizadas ou precisaram de cuidados intensivos);
  • Idosos com idade igual ou superior a 65 anos que possuem outros problemas de saúde;
  • Pessoas que não foram vacinadas contra a COVID-19.

Estudos confirmaram que algumas comorbidades podem influenciar na duração dos sintomas da COVID longa. Os sinais podem permanecer por mais tempo em pessoas com hipertensão arterial crônica, diabetes, doenças cardíacas, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica e doença renal crônica.3

Além disso, o tabagismo e o alcoolismo também podem aumentar as probabilidades de desenvolver a forma mais grave da doença ou a sua condição crônica.3

Idoso tem pressão arterial medida por profissional de saúde

COVID-19 grave e fatores de risco

Quer se aprofundar mais sobre os fatores de risco da COVID-19 e a forma grave da doença?

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Como fazer o diagnóstico da COVID-19 longa?

Não existe um teste de laboratório específico que identifique a COVID-19 longa. O diagnóstico da condição é feito com base na avaliação clínica dos sintomas.1

Nessa análise, o médico especialista pode considerar o histórico de saúde do paciente e se testou positivo para a COVID-19 (com confirmação do diagnóstico pelo teste laboratorial, pelos sintomas ou exposição ao vírus).

O profissional ainda pode solicitar outros exames para avaliar a saúde de um modo geral. Dessa maneira, podem ser pedidos exames de sangue de rotina, radiografias de tórax e até eletrocardiogramas.1

Nesse processo, é essencial contar com a ajuda do médico. Apenas ele poderá fazer um acompanhamento adequado do quadro de saúde e indicar o que deve ser feito para melhorar os sintomas.1

O que causa a COVID-19 longa?

As causas da COVID-19 longa permanecem desconhecidas, mas pesquisadores acreditam em teorias como vírus restante no organismo, reativação de vírus, resposta autoimune e danos nos órgãos ou tecidos. Entenda cada suposição a seguir:4

  • Vírus restante: Partes do coronavírus sobreviveriam em alguns órgãos e provocariam uma resposta imunitária – que poderia danificar os tecidos e levar a uma inflamação crônica.
  • Reativação de vírus: Vírus inativos no corpo poderiam ser reativados e, com isso, causar os sintomas.
  • Resposta autoimune: O sistema imunológico cria anticorpos que atacam o próprio organismo.
  • Danos nos órgãos: A duração prolongada dos sintomas aconteceria em decorrência dos danos provocados pela resposta imunitária à infecção do SARS-CoV-2.

A COVID-19 longa pode ser causada por essa combinação de suposições, bem como por outros fatores. Outros estudos mais aprofundados são necessários para confirmar essas suspeitas.4

Como COVID-19 longa é tratada?

Como os sintomas variam conforme a pessoa infectada, não existe um único meio de tratar a COVID-19 longa. Há algumas opções de tratamento, que podem envolver uso de medicamentos, terapias e fisioterapias. Independente do caso, o médico deve ser consultado para indicar a opção mais adequada.4

As alternativas de tratamento mudam de acordo com os sintomas da pessoa. Sendo assim, as recomendações podem ser diferentes se o paciente tiver sinais respiratórios, cardíacos, psicológicos ou outros.4

No caso de falta de ar, por exemplo, o médico pode indicar exercícios respiratórios, uso de oxigênio suplementar e reabilitação pulmonar.4

Também é recomendável consultar especialistas de cada área afetada pelos sinais. Se sentir desconfortos cardíacos, é aconselhável buscar um cardiologista para fazer esse acompanhamento do quadro.4

Como se prevenir da COVID-19 longa?

Existem várias medidas para se prevenir da COVID-19 – e evitar a COVID longa. Confira as principais formas de proteger a si mesmo e quem está ao seu redor:1

  • Vacinação: É importante se vacinar cotra a COVID-19 e manter o calendário vacinal em dia. Estudos sugerem que essa ainda é a melhor maneira de se prevenir da condição crônica da doença.
  • Higiene: Manter bons hábitos de limpeza é outro passo importante. É fundamental lavar as mãos com água e sabão sempre que possível, especialmente antes de levar as mãos à boca e ao nariz.
  • Ar: É essencial tomar medidas que garantam a limpeza do ar. Locais fechados devem ser arejados e limpos com frequência, permitindo que o ar circule, por exemplo.

Se estiver infectado com qualquer vírus respiratório e for ter interações com outras pessoas, ainda é recomendável usar máscaras.1

Agora você já sabe o que é a COVID-19 longa e o que precisa fazer se suspeitar da condição. Não deixe de conferir as principais fake news sobre a doença aqui!

Referências Bibliográficas
  1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Long COVID Basics. Disponível em: Long COVID Basics | COVID-19 | CDC. Acesso em: 17 set. 2024.
  2. World Health Organization (WHO). A clinical case definition of post COVID-19 condition by a Delphi consensus. Disponível em: WHO-2019-nCoV-Post-COVID-19-condition-Clinical-case-definition-2021.1-eng.pdfAcesso em: 17 set. 2024.
  3. MIRANDA, D. A. P. et al. Long COVID-19 syndrome: a 14-months longitudinal study during the two first epidemic peaks in Southeast Brazil. Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, Volume 116, Issue 11, November 2022, Pages 1007–1014. Disponível em: Long COVID-19 syndrome: a 14-months longitudinal study during the two first epidemic peaks in Southeast Brazil | Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene | Oxford Academic. Acesso em: 17 set. 2024.
  4. Yale Medicine. Long COVID (Post-COVID Conditions, PCC). Disponível em: Long COVID (Post-COVID Conditions, PCC) > Fact Sheets > Yale Medicine. Acesso em: 17 set. 2024.

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