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Imagine que o corpo de uma criança é como uma casa em construção. Quando nasce, é como se a base da casa estivesse pronta, mas ainda falta construir as paredes, o telhado e todos os detalhes.

Durante os primeiros anos, é como se os pais fossem os construtores, fornecendo os materiais necessários, como comida, amor e cuidados médicos. A cada dia, mais paredes são erguidas, mais janelas são colocadas e a casa vai tomando forma.

Conforme a criança cresce, é como se a casa recebesse novos andares, ganhando mais espaço e complexidade. Ela aprende a falar, a andar, a pensar e a interagir com o mundo ao seu redor, como se estivesse decorando os cômodos da casa com suas experiências e aprendizados.  O crescimento infantil é um processo gradual, assim como a construção de uma casa. Cada fase é importante para garantir que a casa, ou seja, o corpo e a mente da criança, estejam fortes e saudáveis para enfrentar os desafios da vida adulta.

Existem muitos mitos sobre o crescimento infantil. Neste blogpost vamos abordar o tema de uma forma simples, reforçando os principais pontos para que você aprenda a acompanhar o crescimento do (a) seu pequeno (a).

 

1 – Somente a altura dos pais influencia na altura final da criança

MITO: Apesar da altura final da criança ter relação com a altura dos pais (faça o cálculo aqui), outros fatores também podem influenciar o crescimento infantil, como¹,²:

- Doenças Genéticas (síndrome de Turner, por exemplo)

- Doenças Sistêmicas (alimentação não adequada, problemas do trato gastrointestinal etc.)

- Doenças Endócrinas (problemas com a tireoide e deficiência de hormônio do crescimento)

Leia mais sobre a curva de crescimento infantil.

 

2 – Meu filho (a) é baixinho em relação aos colegas, mas como nós, pais, não somos altos, entendemos que é normal.

MITO: Como citado anteriormente, a estatura dos pais influencia sim na estatura final da criança, porém este é um tema que deve ser investigado pelo médico pediatra e endopediatra¹,².

Muitas condições que causam problemas de crescimento podem ser controladas e tratadas com acompanhamento médico. O tratamento será baseado em alguns pontos, como:

  • O que pode estar causando o problema de crescimento
  • Qual a gravidade do problema
  • A saúde atual e o histórico de saúde da criança
  • Os desejos dos pais sobre o tratamento

 

3 – Problemas de crescimento podem causar baixa autoestima e depressão em alguns casos¹

VERDADE: Crianças que são mais baixas ou mais altas que seus pares podem ter baixa autoestima ou depressão. É importante conversar sobre esses problemas com seu filho (a) e com o médico responsável pelo acompanhamento. O profissional poderá recomendar grupos de apoio para você e seu filho (a).

Converse com o médico sobre a potencial altura adulta da criança. Se os problemas de crescimento forem causados ​​por uma condição que pode ser tratada, fale com ele e siga as orientações para um tratamento assertivo.

 

4 – As visitas ao pediatra devem ser seguidas para acompanhar a saúde e o crescimento da criança².

VERDADE: Ao longo da infância, a família deve seguir as visitas rotineiras ao pediatra, entre outros profissionais, para acompanhar o crescimento infantil. A primeira consulta deve acontecer no máximo uma semana após a alta da maternidade (bebês prematuros devem ser avaliados antes desse prazo). Retornando novamente após 15 dias, 30 dias e manter visitas mensais até completar um ano.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a frequência sugerida é a seguinte⁴:

  • Até 30 dias de vida – 3 consultas
  • De 2 a 6 meses – 1 consulta por mês
  • A partir dos 7 meses – 1 consulta a cada 2 meses
  • A partir dos 2 anos – 1 consulta a cada 3 meses
  • A partir dos 6 anos – 1 consulta por semestre
  • 7 aos 18 anos – 1 vez por ano

 

5 – O crescimento infantil fica mais lento conforme a criança vai alcançando a puberdade³.

VERDADE:  Nenhuma criança mantém a taxa de crescimento da infância. Depois de 1 ano de idade, o crescimento do bebê diminui um pouco. Aos 2 anos de idade, o crescimento em altura geralmente continua a uma taxa bastante por ano até a adolescência.

Vale ressaltar que nenhuma criança cresce a um ritmo constante durante a infância. Semanas ou meses de crescimento ligeiramente mais lento alternam-se com pequenos “surtos de crescimento” na maioria das crianças. 

Um “surto de crescimento” ocorre na época da puberdade, geralmente entre 8 e 13 anos de idade nas meninas e 10 a 15 anos nos meninos. A puberdade dura cerca de 2 a 5 anos. Este surto de crescimento está associado ao desenvolvimento sexual, que inclui o aparecimento de pelos pubianos e nas axilas, o crescimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais e, nas meninas, o início da menstruação.

Normalmente, quando as meninas chegam aos 15 e os meninos aos 16/17 anos, eles já atingiram a maturidade física, ou seja, não crescem mais. 

 

 

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Dicas valiosas³:

Você pode fazer algumas coisas para ajudar seu filho (a) a crescer e se desenvolver normalmente. Para sua saúde e bem-estar geral, as crianças precisam de:

Descanso suficiente: Os padrões de sono variam de acordo com a idade e a criança. Mas a maioria das crianças precisa de uma média de 10 a 12 horas de sono por noite. O descanso é fundamental para a criança crescer bem. 

Boa nutrição: Uma dieta equilibrada, repleta de vitaminas e minerais essenciais, ajudará as crianças durante a fase de crescimento.

Exercício regular: Como a obesidade é um problema para muitas crianças, os pais devem garantir que seus filhos façam exercícios regularmente. Andar de bicicleta, fazer caminhadas, patinar, praticar esportes ou qualquer atividade divertida que motive as crianças a se movimentarem vai ajudar muito a controlar o peso durante essa fase.

Conversas e respostas para suas perguntas:  As crianças normalmente têm muitas dúvidas sobre o crescimento. Responda às perguntas com honestidade e explique sobre crescimento para ajudá-las a compreender que as muitas mudanças que estão enfrentando são normais e podem ser encaradas de forma positiva.

Apoio para lidar com bullying: Crianças baixas muitas vezes enfrentam provocações dos colegas e podem precisar de ajuda para lidar com a situação. Você pode ajudar apoiando a autoestima do seu filho (a). Por exemplo, pode ser difícil para um menino entrar no time de futebol. Tente compreender os sentimentos do seu filho e mantenha a comunicação aberta. Outra forma de melhorar o humor do seu filho é incentivar atividades que não se concentrem na altura ou no peso. Habilidades especiais como talento musical ou amor pela literatura, também são motivos de orgulho e devem ser incentivadas.

Esperamos que essas dicas possam te ajudar e lembre-se, sempre busque ajuda de um médico especialista para te orientar melhor. Aprenda mais sobre curva de crescimento infantil em nosso site.

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Referências Bibliográficas

¹ - Stanford Medicine. Growth Problems in Children. Disponível em: https://www.stanfordchildrens.org/en/topic/default?id=growth-problems-i…. Acesso em abril 2024.

² -  Pro Matre. Só a genética influencia no crscimento? Disponível em: https://www.promatre.com.br/so-a-genetica-influencia-no-crescimento-mit…. https://www.promatre.com.br/so-a-genetica-influencia-no-crescimento-mit…. Acesso em abril 2024.

³ - Nemours Kids Health. Your Child's Growth. Disponível em: https://kidshealth.org/en/parents/childs-growth.html. Acesso em abril 2024.

⁴ - Clique Médicos Blog. Com que frequência devo levar meu filho ao pediatra?. Disponível em: https://www.cliquemedicos.com.br/blog/saude-da-crianca/com-que-frequenc….  Acesso em abril 2024.

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