Vacinação: tudo o que você precisa saber para se proteger

O que são vacinas e como funcionam?

As vacinas são substâncias preparadas para proteger o nosso organismo contra doenças graves, e muitas vezes fatais. Elas são compostas por partes enfraquecidas ou mortas de um determinado micro-organismo (conhecidos como antígenos) que provoca uma reação de imunidade no corpo.^{1, 3} 

Quando o corpo detecta a existência desses antígenos, ele inicia uma resposta para combatê-los. Essa resposta inclui a produção de anticorpos, que são proteínas especiais que se ligam aos antígenos e ajudam a eliminá-los, além da produção de células de defesa que atacam diretamente os invasores. Depois da eliminação desse invasor, algumas células de memória são criadas, o que ajuda o corpo a lembrar do invasor caso ele ataque novamente, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz.^{1, 3} 

As vacinas funcionam expondo o corpo a uma forma inofensiva do antígeno, fazendo assim que o organismo crie uma memória de defesa sem que a pessoa contraia a doença de fato.^{1, 3} 

Do que são feitas as vacinas?

Além dos antígenos, as vacinas contêm outros ingredientes, como por exemplo, estabilizadores, conservantes, adjuvantes, surfactantes e diluentes. Veja para que servem e do que são compostos estes ingredientes: ² 

1. Estabilizadores: São geralmente compostos por açucares, aminoácidos ou sais, e ajudam a manter a integridade dos ingredientes ativos durante o armazenamento e transporte das vacinas, garantindo que sua eficácia nãos seja comprometida. ² 
2. Conservantes: Normalmente compostos de substâncias antimicrobianas, são adicionados para evitar a contaminação por bactérias e por fungos, garantindo a segurança das vacinas. ² 
3. Adjuvantes: Podem ser compostos por várias substâncias, incluindo sais de alumínio ou óleo mineral, e são usados para aumentar a resposta imunológica à vacina, fazendo com que ela seja mais eficaz. ² 
4. Surfactantes: Estes compostos servem para manter todos os ingredientes juntos, garantindo uma distribuição uniforme. Além disso, eles podem ajudar a prevenir a formação de partículas indesejadas na vacina, o que poderia comprometer sua eficácia e segurança. ² 
5. Diluentes: Substâncias usadas para diluir a vacina antes da administração. Geralmente são soluções estéreis, como água estéril ou soluções salinas (cloreto de sódio com água estéril), que são adicionadas à vacina concentrada antes da administração para atingir a concentração desejada. ² 

É importante destacar que todos os ingredientes das vacinas passam por rigorosos testes de segurança e eficácia durante o processo de fabricação. Antes de serem aprovadas para uso, as vacinas são submetidas a ensaios clínicos em larga escala para garantir que são seguras e eficientes em diferentes grupos da população. ² 

Saiba as respostas para as principais dúvidas sobre vacinação em: Dúvidas frequentes sobre vacinação: garantindo a saúde em todas as fases da vida.

Benefícios da vacinação

A vacinação é uma das bases fundamentais da saúde pública, permitindo uma defesa eficaz contra doenças infecciosas que podem ter consequências graves. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação previne anualmente de duas a três milhões de mortes, destacando sua importância na preservação da vida e na promoção do bem-estar global. ^{1, 3} 

É muito importante entender que a imunização vai além da proteção individual, ela é também uma medida de proteção coletiva. Ao se vacinar, não apenas se resguarda a própria saúde, mas também se contribui para a diminuição da circulação de agentes infecciosos na comunidade, reduzindo o risco de surtos e epidemias. ^{1, 3} 

Estar vacinado pode fazer toda a diferença entre a saúde e a doença, entre a vida e a morte. Além disso, as vacinas são reconhecidas como produtos farmacêuticos seguros, passando por rigorosos processos de testes e avaliações antes de serem disponibilizadas para a população. ^{1, 3} 

A eficácia da vacinação está na capacidade de estimular o sistema imunológico a produzir uma resposta protetora contra agentes específicos. Seja através da ativação de células de defesa ou da produção de anticorpos, as vacinas conferem uma proteção que atinge seu ápice aproximadamente duas semanas após a conclusão do esquema vacinal básico. ^{1, 2, 3} 

Confira também nosso conteúdo sobre os principais mitos sobre vacinação em: Mitos e verdades sobre a vacinação.

Doenças erradicadas pela vacinação

A vacinação desempenhou um papel fundamental na erradicação de várias doenças no Brasil ao longo das últimas décadas. Entre as mais significativas está a varíola, que foi oficialmente erradicada do país em 1971, graças a campanhas intensivas de vacinação em massa. Outra doença eliminada foi a poliomielite, que foi declarada erradicada em 1994, após um esforço conjunto de vacinação contínua, que sempre está presente quando o assunto é vacinação. 

Além disso, o sarampo e a rubéola também foram controlados com sucesso por meio de programas nacionais de imunização, reduzindo drasticamente sua incidência e impacto na população. Esses sucessos são exemplos do poder da vacinação como uma ferramenta eficaz na prevenção e controle de doenças, demonstrando os benefícios reais da imunização em massa para a saúde pública.⁴ 

Programa Nacional de Imunizações (PNI)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma iniciativa do Ministério da Saúde do Brasil para promover a proteção da população por meio da vacinação contra uma série de doenças evitáveis por imunização. Inaugurado em 1973, o PNI é reconhecido internacionalmente como um dos maiores e mais bem-sucedidos programas de vacinação do mundo. Seu principal objetivo é garantir o acesso igualitário e universal às vacinas, independentemente da localização geográfica ou condição socioeconômica dos indivíduos.⁴ 

O PNI trabalha em conjunto com estados e municípios para coordenar a distribuição, armazenamento e aplicação das vacinas em todo o país. Além disso, realiza campanhas de vacinação em larga escala para alcançar grupos específicos da população e controlar surtos de doenças. O programa também é responsável por monitorar a cobertura vacinal e a segurança das vacinas, além de desenvolver estratégias para aumentar a adesão à vacinação.⁴ 

Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE)

O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) é uma rede de serviços especializados vinculada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil. Estes centros são responsáveis por fornecer atendimento especializado a pessoas que possuem condições clínicas que requerem cuidados diferenciados no que diz respeito à imunização. Essas condições podem incluir doenças crônicas, imunodeficiências congênitas ou adquiridas, transplantados, gestantes e outras situações específicas.⁵
 
Os CRIEs têm como objetivo principal fornecer orientação personalizada sobre imunização, auxiliando na seleção de vacinas adequadas e seguras para cada paciente, levando em consideração suas condições de saúde e histórico médico. Além disso, esses centros também são responsáveis por realizar a administração das vacinas, quando necessário, e fornecer acompanhamento clínico especializado antes e após a imunização.⁵ 

Outra importante função dos CRIEs é servir como centros de referência para profissionais de saúde, fornecendo capacitação e atualização sobre questões relacionadas à imunização em pacientes com condições especiais. Além disso, esses centros desempenham um papel fundamental na coleta de dados e monitoramento da segurança e eficácia das vacinas em populações específicas.⁵ 

Calendário de vacinação

O calendário de vacinação no Brasil é uma ferramenta essencial para a proteção da saúde da população, sendo elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com especialistas em imunização. Ele é dividido em grupos populacionais, incluindo recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Para cada grupo, são recomendadas vacinas específicas, levando em consideração fatores como a idade, o risco epidemiológico, as condições de saúde individuais e as características regionais.⁴ 

O Ministério da Saúde também realiza campanhas de vacinação em todo o país para aumentar a cobertura vacinal em determinadas faixas etárias ou para vacinas específicas. Essas campanhas são estratégias importantes para alcançar grupos populacionais que podem ter dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou que estão em situações de maior vulnerabilidade.^{4, 5} 

Para mais informações sobre as vacinas adequadas para cada faixa etária, acesse nosso calendário vacinal.

Vacinas na rede privada

O calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), seguido pela rede privada, inclui todas as faixas etárias e grupos populacionais, enquanto o Programa Nacional de Imunizações (PNI) direciona os esforços da rede pública. Essa divergência, entretanto, faz com que os programas sejam complementares.^{7, 9}   

Atualmente, existem mais de 20 doenças graves evitáveis por meio de vacinas, e é nesse ponto que as diferenças entre os sistemas se tornam mais evidentes.⁹   

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente vacinas para doenças comuns no Brasil, e a rede privada oferece imunizações complementares. Para saber mais, acesse nosso calendário vacinal.

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