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O que é depressão?

A depressão é um transtorno mental comum que pode interferir no dia a dia das pessoas, uma vez que afeta a capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida.1 

O risco de desenvolver a doença resulta de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Alguns tipos de depressão tendem a ocorrer em membros da mesma família, mas também podem surgir em pessoas sem histórico familiar.1

Os sintomas da depressão variam de pessoa para pessoa em termos de gravidade, frequência e duração. Cada indivíduo é único, e a condição se manifesta de maneiras diferentes em cada um.

No mundo, estima-se que 300 milhões de pessoas sofram com o transtorno. Normalmente, as mulheres são mais afetadas do que os homens.1

Fatores de risco para depressão

Entender os fatores de risco para depressão é importante para buscar ajuda e começar o processo de recuperação o quanto antes. Por isso, listamos os fatores mais comuns abaixo:2

  • Histórico familiar;
  • Transtornos psiquiátricos correlatos;
  • Estresse crônico;
  • Ansiedade crônica;
  • Disfunções hormonais;
  • Dependência de álcool e drogas ilícitas;
  • Traumas psicológicos;
  • Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias, entre outras;
  • Conflitos conjugais;
  • Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.

Caso tenha alguma dessas condições, é ideal redobrar o cuidado com a sua saúde. Você pode procurar um médico especialista ou um psicólogo se tiver dúvidas sobre a doença ou não estiver se sentindo muito bem ultimamente. 

O que causa depressão?

A depressão é uma condição complexa e multifatorial, podendo ser causada por uma combinação de fatores. Aqui estão algumas das principais causas:2

Genética

Estudos envolvendo famílias, gêmeos e adotados sugerem que exista um componente genético para a doença. Acredita-se que esse fator corresponda a 40% de chance de desenvolver a depressão.

Bioquímica cerebral

A deficiência de substâncias cerebrais (neurotransmissores), como noradrenalina, serotonina e dopamina, pode ser uma das causas de episódios depressivos. Afinal, essas substâncias têm papel essencial na regulação do humor, do sono, do apetite e até da nossa atividade motora.

Eventos vitais

Alguns eventos estressantes também podem desencadear a doença em pessoas que já tem uma predisposição genética.

Quais são os principais sintomas de depressão?

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sinais. As mudanças no comportamento mais comuns são:1, 2

  • Humor depressivo: se caracteriza pela sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Nesse caso, a pessoa acha que perdeu a capacidade de sentir prazer ou alegria e se torna mais pessimista em relação a si mesma e ao futuro. 
  • Retardo motor: diz respeito à falta de energia, preguiça ou cansaço para executar o que precisa. A pessoa ainda pode sentir falta de concentração, de memória e de vontade.
  • Insônia ou sonolência: ela pode ser intermediária ou terminal. Normalmente, a sonolência se relaciona com a chamada depressão atípica.
  • Apetite: é comum que diminua. No entanto, em alguns casos, pode haver o aumento da vontade de comer – carboidratos e doces tendem a ser os alimentos de maior desejo.
  • Dores e sintomas físicos: alguns exemplos são mal-estar, cansaço, queixas que englobam o sistema digestivo. Ainda podem ser notadas dores no peito, frequência cardíaca acelerada (taquicardia) e sudorese.

Como é feito o diagnóstico de depressão?

Até o momento, não existem exames específicos de laboratório que detectem a doença.1, 2

Sendo assim, o diagnóstico da depressão requer um processo cuidadoso e detalhado, que visa garantir que cada pessoa receba o tratamento adequado. Se você ou alguém que você conhece está passando por sintomas de depressão, é importante buscar ajuda profissional.1, 2

Inicialmente, é feita uma análise completa da história do paciente. Logo após essa etapa, o médico fará uma avaliação clínica, considerando também os sintomas e o comportamento.1, 2

Além disso, o profissional ainda pode pedir para que sejam realizados testes psicológicos, assim como exames físicos e laboratoriais.1, 2

Quais são os subtipos de depressão?

Existem diversos subtipos de depressão, cada um com características e sintomas específicos. Confira alguns deles:2

  • Distimia: Nesse quadro mais leve e crônico, que podem iniciar na adolescência ou no começo da vida adulta, as alterações se apresentam na maior parte do dia por pelo menos 2 anos. Aqui prevalecem às queixas de cansaço e desânimo, bem como o sentimento de preocupação. Os sinais mais comuns são letargia e falta de vontade de realizar coisas que antes eram prazerosas.
  • Endógena: Desânimo, tristeza, perda de interesse em atividades que gostava, sem melhora do humor com eventos positivos, lentidão psicomotora, esquecimento, perda de apetite e de peso significativos são alguns dos principais sinais.
  • Atípica: Normalmente conta com uma inversão de sintomas, como aumento de apetite e/ou ganho de peso, sensação de corpo pesado, maior sensibilidade à rejeição. A pessoa ainda pode responder aos estímulos ambientais de forma pejorativa.
  • Sazonal: Acontece normalmente no outono e no inverno. Apatia, isolamento social, queda da libido, sonolência, aumento do apetite, desejo por carboidratos e ganho de peso são sintomas mais comuns desse tipo de depressão.
  • Psicótica: Nesse caso, a pessoa apresenta delírios e alucinações. Ideias inconsistentes ganham destaque e podem ocorrer ainda alucinações auditivas.
  • Secundária: Estão relacionadas ou são provocadas por doenças médico-sistêmicas e/ou medicamentos.
  • Bipolar: Um episódio depressivo antecede geralmente o quadro de bipolaridade. Outras questões que mostram a evolução da bipolaridade são história familiar, depressão, abuso de substâncias e transtorno de ansiedade.

Quais são os tratamentos para depressão?

O tratamento para a depressão pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais de cada pessoa. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos.

Os antidepressivos podem ser opções eficazes nos casos de depressão moderadas e graves. A escolha deve se basear no subtipo da depressão e nos antecedentes do paciente e de seus familiares. Também podem ser manejados após uma boa resposta a algum tipo de antidepressivo já usado.1, 2

Os tratamentos psicológicos a serem levados em consideração podem ser individuais ou coletivos. Eles também são indicados para casos de depressão leve.1, 2

Estudos mostram que entre 90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo. No entanto, é essencial seguir tratamento adequadamente. Se ele for interrompido por conta própria ou uso inadequado da medicação, pode aumentar o risco de que a doença se torne crônica.2

Lembre-se!

A depressão é um assunto muito sério. Não tenha medo de procurar ajuda e se consultar com um médico para entender melhor seu caso. Com isso, pode melhorar sua sensação de bem-estar e qualidade de vida!

Referências Bibliográficas
  1. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Depressão. Disponível em: Depressão - OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde (paho.org). Acesso em: 12 set. 2024.
  2. Ministério da Saúde. Depressão. Disponível em: Depressão — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acesso em: 18 set. 2024.

PP-UNP-BRA-5753