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O que é Alzheimer?

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, podendo comprometer as atividades de vida diária e causando alguns sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais.1, 2, 3

Quase todas as pessoas com Alzheimer são idosas, por isso é chamado erroneamente de “esclerose” ou “caduquice”. Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.1

A doença se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.1, 2, 3

Ainda não se sabe por que o Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau.1 

Quais são os sintomas do Alzheimer?

Os sintomas não são os mesmos para todos os pacientes com Alzheimer. Como é uma doença progressiva, o quadro clínico sofre mudanças. Além disso, a evolução da doença pode originar novos sinais e agravar aqueles que já existem.

Alguns desses sintomas são:4

  • Perda de memória recente com repetição das mesmas perguntas ou assuntos;
  • Esquecimento de compromissos e pertences;
  • Dificuldade para se orientar;
  • Dificuldade ao usar utensílios, para se vestir ou em atividades de autocuidado;
  • Dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, com erros de fala e escrita; 
  • Mudanças no comportamento ou na personalidade, com maior agitação, apatia, desinteresse e até agressividade;
  • Delírios sobre a realidade, sendo comum achar que está sendo roubado, perseguido ou enganado;
  • Alteração do apetite com tendência a comer demais ou diminuir a fome;
  • Insônia ou agitação ao dormir, podendo trocar o dia pela noite;
  • Dificuldade para acompanhar o que está sendo dito;
  • Dificuldade ao dirigir e encontrar caminhos antes conhecidos;
  • Complicação para encontrar palavras de acordo com o que estão sentindo.

Como é a evolução do Alzheimer?

O Alzheimer se caracteriza pela piora progressiva dos sintomas e é dividida em três fases, sendo elas:5

Fase leve

Inclui perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação, perda de iniciativa, dificuldade para se decidir, sinais de depressão e agressividade.

Fase moderada

Caracteriza-se por dificuldades mais evidentes nas atividades diárias, com esquecimento de fatos importantes, incapacidade de viver sozinho, necessidade de ajuda com higiene pessoal, maior dificuldade para falar e alterações de comportamento, a exemplo de agressividade e alucinações.

Fase grave

Envolve o prejuízo severo da memória, havendo dificuldade para reconhecer pessoas e locais, problemas para se alimentar, dificuldade de entender o que está acontecendo no ambiente ao redor, incontinência urinária e fecal e até problema motor, que pode levar à necessidade de cadeira de rodas ou acamamento.

Como é feito o diagnóstico do Alzheimer?

O diagnóstico do Alzheimer é clínico e depende da avaliação de um médico, que irá definir, a partir de exames e da história do paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência.3, 6

Outros exames complementares, como avaliação neuropsicológica, podem ser solicitados para a verificação do funcionamento cognitivo, assim como a intensidade das perdas em relação ao nível prévio da doença.6

Exames de sangue e de imagem, como tomografia ou, preferencialmente, ressonância magnética do crânio, costumam ser realizados para excluir a possibilidade de outras doenças.5

Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.6

Fatores de risco para Alzheimer

O principal fator de risco para o desenvolvimento de demência do Alzheimer é a idade. O risco de desenvolver a condição dobra a cada cinco anos após os 65 anos. As mulheres têm maior risco para o desenvolvimento da doença, 6,8% versus 4,6% nos homens.2, 7

Apesar de a doença não ser classificada como hereditária, há casos em que a herança genética é importante, especialmente quando ela tem início antes dos 65 anos. Esses casos correspondem a 10% dos pacientes.7 

Outros fatores importantes estão ligados ao estilo de vida da pessoa. Hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo são alguns deles.7

Quais são os tratamentos para o Alzheimer?

Os tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico.8 

O tratamento farmacológico, geralmente, é feito com inibidores de enzimas específicas. Com o uso dessas medicações adequadas, espera-se que estabilize a progressão dos sintomas e da doença, melhorando a cognição, o comportamento e a funcionalidade.8

Já no tratamento não farmacológico, evidências científicas mostram que atividades de estimulação cognitiva, social e física podem ajudar na manutenção de habilidades preservadas e beneficiar a funcionalidade.8

Os pacientes aumentam sua autoestima e iniciativa quando conseguem realizar essas atividades. Assim, têm mais chances de aprimorar essas funções ainda preservadas.8

Como estimular uma pessoa com Alzheimer?

Existem algumas formas de estimular pessoas com Alzheimer. Confira alguns exemplos abaixo:8

  • Estimulação social: Priorizando o contato social, são as iniciativas que estimulam a comunicação, a convivência e o afeto. Dessa maneira, promovem a integração desses pacientes e evitam a apatia. Nesses casos, podem ser realizadas atividades de lazer e culturais, além das intervenções em grupo, com o objetivo de fazer as estimulações cognitivas e físicas;
  • Estimulação física: É a prática de atividade física e de fisioterapia, visando garantir benefícios neurológicos e melhora na coordenação, bem como da força muscular, do equilíbrio e da flexibilidade. Essa ação colabora para a independência do paciente, melhorando sua percepção sensorial e adiando o declínio funcional nas atividades cotidianas. São recomendados alongamentos, exercícios de fortalecimento muscular e aeróbicos moderados, desde que sejam feitos sob orientação e acompanhamento;
  • Organização do ambiente: Uma vez que o ambiente da pessoa com doença de Alzheimer influencia seu humor, oferecer um local adequado pode ser uma forma de minimizar sintomas, bem como favorecer a qualidade de vida. O lugar deve ser tranquilo e precisa evitar características que possam ser vistas como ameaçadoras.

Os médicos, como neurologistas, geriatras e psiquiatras, são fundamentais. Mas outros profissionais especializados também são indicados para minimizar problemas e orientar a família. Alguns exemplos são os psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e assistentes sociais.8

Reforçamos que é essencial seguir o tratamento adequado para que o Alzheimer não progrida e o paciente tenha uma boa qualidade de vida.

Referências Bibliográficas
  1. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O que é Alzheimer. Disponível em: O que é Alzheimer – ABRAz. Acesso em: 19 ago. 2024.
  2. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O panorama do Alzheimer no Brasil: novos dados para uma sociedade que necessita conciliar estratégias. Disponível em: 1º BIG DATA ABRAz – ABRAz. Acesso em: 19 ago. 2024.
  3. Ministério da Saúde. Doença de Alzheimer. Disponível em: Alzheimer — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acesso em: 19 ago. 2024.
  4. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Demência. Disponível em: Demência – ABRAz. Acesso em: 14 out. 2024.
  5. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Evolução da doença. Disponível em: Evolução da doença – ABRAz. Acesso em: 14 out. 2024.
  6. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Diagnóstico. Disponível em: Diagnóstico – ABRAz. Acesso em: 14 out. 2024.
  7. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Fatores de risco. Disponível em: Fatores de Risco – ABRAz. Acesso em: 14 out. 2024.
  8. Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Tratamento. Disponível em: Tratamento – ABRAz. Acesso em: 14 out. 2024.

PP-UNP-BRA-5753