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O que é infarto do miocárdio?

Você sabia que o infarto do miocárdio é a principal causa de mortes no mundo? De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, ocorrem cerca de 400 mil casos por ano. No país, leva a óbito uma pessoa a cada 5 e 7 casos.1, 2

Popularmente conhecido como ataque do coração, o infarto do miocárdio acontece quando as artérias do coração entopem, impedindo que o sangue rico em oxigênio chegue a uma parte desse músculo.1

Imagine o coração como uma bomba que leva o sangue para todo o corpo, garantindo que as nossas células funcionem corretamente. As artérias são como os “tubos” que levam esse sangue para o coração. Sem o sangue com o oxigênio, as células do coração começam a morrer, causando danos irreversíveis.1

O que provoca infarto do miocárdio?

Normalmente, a doença arterial coronariana (DAC) é a principal responsável pelo infarto. Nesta condição, uma ou mais artérias do coração são bloqueadas por placas de gordura, lembrando que esse bloqueio pode ser parcial ou total.3

Mas o que as placas de gordura em si causam? Elas podem estreitar as artérias, o que diminui o fluxo do sangue para o coração. Casos essas placas se rompam, ainda podem formar um coágulo nele.3

Mesmo sendo a causa mais comum, nem todo infarto é provocado por um bloqueio das artérias. Outras causas incluem:3

Espasmo da artéria coronária
Neste caso, há uma grave compressão de um vaso sanguíneo que não está bloqueado. Essa condição também é conhecida como angina variante ou angina vasoplástica.3

Infecções
Algumas infecções causadas por vírus podem danificar o músculo cardíaco. Um exemplo disso é a COVID-19.3

Dissecção espontânea da artéria coronária
Essa condição acontece quando existe uma ruptura dentro de uma artéria do coração. Esse quadro é grave e tem alto risco de vida.3

Fatores de risco do infarto do miocárdio

Existem vários fatores de risco, controláveis ou não, que podem contribuir para o ataque cardíaco, como:3

  • Idade: homens com idade igual ou superior a 45 anos e mulheres com idade igual ou maior que 55 anos;
  • Histórico familiar: se tem parentes próximos com histórico de infarto, risco pode ser maior;
  • Histórico de pré-eclâmpsia: condição que causa pressão alta na gravidez;
  • Hipertensão arterial: pressão alta sobrecarrega o coração e pode danificar as artérias;
  • Colesterol alto: excesso de colesterol ou triglicerídeos contribui para a formação de placas de gordura;
  • Doenças autoimunes: artrite reumatoide ou lúpus eleva o risco de infartar;
  • Síndrome metabólica: pode dobrar as chances de ter doenças cardíacas;
  • Diabetes: quando o corpo não produz insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue;
  • Alimentação inadequada: dieta rica em sal, açúcar, gorduras trans e alimentos processados aumenta as chances de infarto;
  • Sedentarismo: falta de atividade física está ligada a doenças cardíacas;
  • Obesidade: excesso de peso está associado a doenças como diabetes e hipertensão;
  • Estresse: raiva extrema, por exemplo, pode elevar o risco de um ataque cardíaco;
  • Uso ilegal de drogas: podem provocar espasmo da artéria;
  • Tabagismo: fumar cigarro ou estar exposto a ele colabora para um aumento das chances de infartar.

Quais são os sintomas de infarto miocárdico?

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são:1, 3

  • Dor no peito: pode ser descrita como uma pressão, aperto ou queimação no centro do peito, que pode durar alguns minutos ou até horas;
  • Dor que se espalha: pode irradiar para o braço esquerdo, mandíbula, pescoço, costas ou até mesmo para o abdômen;
  • Suor frio: sudorese intensa e inexplicável pode ser um sinal de alerta;
  • Falta de ar: pode ser uma dificuldade para respirar, mesmo em repouso;
  • Náuseas e vômitos: alguns pacientes podem sentir enjoo e vomitar;
  • Tontura e desmaio: sensação de tontura ou desmaio também pode ocorrer;
  • Fadiga: cansaço excessivo e inexplicável pode ser um sinal de alerta, especialmente se for acompanhado de outros sintomas.

No entanto, é importante lembrar de que nem todos os infartos apresentam os mesmos sintomas. Algumas pessoas podem ter sinais diferentes ou até mesmo nenhum alerta.1

Por isso, é fundamental estar atento a qualquer sinal estranho e procurar ajuda médica imediatamente.

Quando buscar ajuda médica?

Se você ou alguém próximo apresentar algum dos sintomas mencionados anteriormente, como dor no peito, falta de ar, suor frio ou qualquer outro desconforto intenso, não hesite em procurar ajuda médica imediatamente. O tempo é um fator determinante para as consequências do infarto.3

Então, se você estiver vivenciando alguma situação com suspeita de infarto do miocárdio, tome as seguintes ações:3

  1. Ligue para o serviço de emergência: o 192 é o número para chamadas de emergência em todo o Brasil;2,4
  2. Vá para o hospital mais próximo: se não tiver acesso telefônico a um serviço de emergência, dirija até o pronto-socorro mais próximo ou peça para que alguém o leve para o local;
  3. Não administre nenhum medicamento por conta própria: é recomendável não tomar remédios sem orientação médica.

Se vir uma pessoa inconsciente e acreditar que está infartando, você deve ligar para a emergência e checar se ela está respirando e tem pulso. Em caso negativo, você precisa começar a reanimação cardiopulmonar (RCP) – para quem não tem treinamento, é indicado empurrar o peito da pessoa com as mãos de forma rápida e forte.3

Quanto tempo dura um infarto agudo do miocárdio?

A duração de um infarto pode variar muito de pessoa para pessoa e depende da gravidade do caso.5, 6

O ataque cardíaco em si pode durar mais de 15 minutos. As dores no peito podem ser leves ou mais intensas. Ainda, em alguns casos, a pessoa pode ser assintomática ou ter sinais confundíveis com outras condições de saúde, como náusea e dor breve no pescoço, braço ou nas costas.5

Já a recuperação do infarto pode demorar alguns meses, considerando as complicações. É fundamental reforçar que a reabilitação não precisa ser rápida, e sim efetiva. O ponto mais importante é garantir que ela se recupere de uma forma mais segura e adequada, mesmo que isso demore mais tempo.6

Diagnóstico do infarto do miocárdio

O diagnóstico do infarto do miocárdio é feito por meio de uma combinação de exames. Os principais testes incluem:7

  • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração e pode identificar alterações típicas do infarto;
  • Ecocardiograma: utiliza ultrassom para avaliar a estrutura e a função do coração;
  • Exames de sangue: os níveis de determinadas enzimas cardíacas aumentam quando há lesão do músculo cardíaco;
  • Raio-X do tórax: mostra os tamanhos e como estão os pulmões e o coração;
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: criam imagens do coração e do tórax, usando Raio-X e campo magnético com ondas de rádio, respectivamente;
  • Angiografia coronária: usa um contraste radiopaco para visualizar as artérias coronárias e identificar obstruções.

Tratamento do infarto do miocárdio

O tratamento do infarto visa corrigir o fluxo sanguíneo para o coração, restaurar os níveis de oxigênio e prevenir complicações. As opções de tratamento podem englobar:7

Remédios
Os medicamentos podem ser utilizados para dissolver o coágulo, reduzir a coagulação sanguínea, afinar o sangue, diminuir as dores no peito, controlar a pressão arterial e prevenir complicações.7
Além disso, outros remédios que podem ser prescritos pelo médico cardiologista são aqueles que dilatam os vasos sanguíneos, retardam os batimentos cardíacos e regulam os níveis prejudiciais de colesterol.7

Angioplastia
Esse procedimento consiste na introdução de um cateter com um balão inflável para desobstruir a artéria entupida.7

Stent
Um stent é uma pequena malha metálica que pode ser colocada na artéria para mantê-la aberta. Ele também diminui o risco de estreitamento das artérias.7

Cirurgia de revascularização
Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia para desviar o fluxo sanguíneo para a área do coração que está sendo privada de oxigênio.7

Como prevenir o infarto do miocárdio?

A prevenção do infarto é fundamental para manter a saúde do coração – tanto para aqueles que já sofreram com um ataque cardíaco quanto para as pessoas que não passaram por isso. Algumas medidas simples podem fazer uma grande diferença:3

  • Adote uma alimentação saudável;
  • Pratique atividade física regularmente;
  • Mantenha o peso sob controle;
  • Controle a hipertensão arterial;
  • Monitore o diabetes;
  • Gerencie o estresse;
  • Não fume.

Outro hábito importante é realizar check-ups com frequência. Consulte seu médico regularmente para monitorar sua saúde e identificar possíveis problemas.3

Ao incorporar esses hábitos no seu dia a dia, você prevenirá o infarto do miocárdio, além de investir na sua saúde e bem-estar. Prevenir é sempre melhor do que remediar. Consulte seu médico regularmente e siga as orientações. Conte conosco para encontrar informações confiáveis e dicas práticas para sua jornada rumo a uma vida mais saudável!

Referências Bibliográficas
  1. Serviço Público Federal – Universidade Federal Rural da Amazônia. Infarto – o ataque do coração. Disponível em: https://novo.ufra.edu.br/images/informativo_dsqv.pdf. Acesso em: 27 nov. 2024.
  2. Ministério da Saúde. Infarto agudo do miocárdio. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/infarto. Acesso em: 27 nov. 2024.
  3. Mayo Clinic. Heart Attack – Symptoms & causes. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/heart-attack/symptoms-ca…. Acesso em: 27 nov. 2024.
  4. Ministério da Saúde. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/samu-192. Acesso em: 27 nov. 2024.
  5. Mayo Clinic. First aid – heart attack. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/first-aid/first-aid-heart-attack/basics/art-…. Acesso em: 27 nov. 2024.
  6. National Health Service (NHS). Recovery – heart attack. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/heart-attack/recovery/. Acesso em: 27 nov. 2024.
  7. Mayo Clinic. Heart attack – Diagnosis & treatment. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/heart-attack/diagnosis-t…. Acesso em: 27 nov. 2024.

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