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A fibrilação atrial (FA) acontece quando há batimentos cardíacos irregulares (arritmia). Essa irregularidade pode levar à formação de coágulos sanguíneos, que atrapalham o fluxo do sangue ou se deslocam, causando derrame, insuficiência cardíaca ou outras complicações.1

Estima-se que mais de 12 milhões de pessoas no mundo devem ter a FA até 2030. Tendo em vista este cenário, os anticoagulantes são excelentes aliados no tratamento.1

O que é fibrilação atrial?

Normalmente, o coração se contrai e relaxa em uma batida regular. No caso de FA, os átrios se movem irregularmente, diminuindo o fluxo sanguíneo e criando “piscinas de sangue” ao seu redor.1 

Esse sangue agrupado pode coagular e ser bombeado para fora do coração, em direção ao cérebro. Isso bloqueia o suprimento de sangue para o cérebro e causa um derrame. Cerca de 15% a 20% das pessoas que têm derrames têm essa arritmia cardíaca.1

Existem 4 tipos de FA e os sintomas geralmente são parecidos. Conheça a diferença entre eles:2, 3

  • Inicial: é o tipo em que a FA acabou de ser diagnosticada;
  • Paroxística: é o caso em que se resolve naturalmente sem precisar de alguma intervenção. Geralmente, ocorre quando o coração volta para o ritmo normal em 7 dias. Com sintomas imprevisíveis, pode se tornar uma FA permanente.
  • Persistente: é um ritmo irregular que não retorna ao normal sem tratamento. Este tipo pode durar mais de 7 dias.
  • Persistente de longa duração: tem uma duração maior que 12 meses. Neste tipo, a pessoa tem que encontrar uma maneira adequada de controlar ritmo cardíaco. 

A fibrilação atrial está diretamente relacionada a altas taxas de morbimortalidade. Isso porque pode elevar as chances de ter um derrame e uma demência.3, 4

Quem tem fibrilação atrial tem que tomar anticoagulante?

Pessoas com FA têm mais riscos de sofrer um AVC. Por isso, as diretrizes médicas preconizam a anticoagulação como estratégia de tratamento do paciente. Além disso, é principalmente indicada para aqueles que apresentam comorbidades, como hipertensão, diabetes e obesidade.3, 5

Os anticoagulantes - também chamados de antitrombóticos - agem afinado o sangue e impedindo a formação de coágulos. Há diferentes tipos de anticoagulantes, que podem ser administrados de maneiras diversas, como por injeções, medicamentos intravenosos e via oral.3, 4

Porém, seu uso depende das condições individuais de cada paciente e deve ser sempre indicado e acompanhado por um médico cardiologista. Uma vez que se impede a formação de coágulos, há o risco de sangramento em excesso e de hemorragia. Dessa forma, apenas um profissional da saúde tem condições de avaliar os riscos e benefícios do tratamento.3, 5

Fatores de risco para desenvolver coágulos

Para identificar se há necessidade de indicar o uso de anticoagulante para um paciente com fibrilação atrial, os médicos utilizam uma escala para avaliar os fatores de risco. Entre os itens considerados estão:4, 6

  • Idade entre 65 e 74 anos;
  • Idade igual ou superior a 75 anos;
  • Sexo feminino;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Episódio anterior de AVC;
  • Doença vascular (podendo ser um episódio anterior de ataque cardíaco, doença arterial periférica ou placa aórtica).

O número de remédios para controlar a fibrilação atrial pode ser proporcional. Sendo assim, quanto mais fatores de risco tiver, mais medicamentos podem ser prescritos pelo médico.6

Cuidados importantes no uso de anticoagulantes

O uso de anticoagulantes exige alguns cuidados por parte do paciente. Avisar médicos e dentistas sobre o uso do medicamento, principalmente antes de iniciar novos tratamentos ou fazer algum procedimento que cause sangramento, é um exemplo.3, 5

Algumas recomendações são necessárias. Abaixo, seguem as mais importantes:5

  • Evitar atividades que tenham alguma chance de provocar um trauma ou sangramento;
  • Caso tenha diversos hematomas e/ou sangramentos, é essencial procurar seu médico;
  • É importante não realizar a automedicação, deixando essa função para um profissional qualificado;
  • Não é recomendável que mulheres em idade fértil engravidem durante o uso de anticoagulante;
  • Deve consultar seu médico se notar um aumento no seu fluxo menstrual;6
  • Caso note fezes vermelhas, marrom-escuras/pretas ou tenha sangramento nas gengivas, entre imediatamente em contato com seu médico.6

Apesar dos efeitos colaterais, é preciso lembrar que anticoagulantes têm o potencial de salvar vidas, especialmente de pessoas que sofrem de fibrilação atrial. Na maioria dos casos, seus benefícios são maiores do que os riscos de ter um sangramento exagerado.7

Referências Bibliográficas
  1. American Heart Association. What is Atrial Fibrillation? Disponível em: What is Atrial Fibrillation? | American Heart AssociationAcesso em: 27 nov. 2024.
  2. American Heart Association. What are the Symptoms of Atrial Fibrillation? Disponível em: What are the Symptoms of Atrial Fibrillation? | American Heart Association. Acesso em: 27 nov. 2024.
  3. BVS Atenção Primária em Saúde. Quando indicar uso de anticoagulante para um paciente com Fibrilação Atrial (FA)? Disponível em: Quando indicar uso de anticoagulante para um paciente com Fibrilação Atrial (FA)? – BVS Atenção Primária em Saúde. Acesso em: 27 nov. 2024.
  4. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial. Disponível em: https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/the-hive-cms.production/a0ccb5e4-7703-4d9b-8275-9d636cf6f5c7/98225e01-4b36-44f8-ba3b-d7ef21fb5ada. Acesso em: 27 nov. 2024.
  5. BVS Atenção Primária em Saúde. Quais orientações devem ser dadas aos pacientes anticoagulados? Disponível em: Quais orientações devem ser dadas aos pacientes anticoagulados? – BVS Atenção Primária em Saúde. Acesso em: 27 nov. 2024.
  6. American Heart Association. Atrial Fibrillation Medications. Disponível em: Atrial Fibrillation Medications | American Heart Association. Acesso em: 28 nov. 2024.
  7. National Health Service (NHS). Anticoagulant medicines. Disponível em: Anticoagulant medicines - NHS.  Acesso em: 28 nov. 2024.

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