Dor no peito

O que é dor no peito?

A dor no peito, também conhecida como angina, é um desconforto ou uma pressão na região. Ela é bastante comum e, normalmente, está relacionada à diminuição do fluxo sanguíneo para o coração.¹

Uma pesquisa mostrou que 10% dos brasileiros acima dos 18 anos são afetados pela angina. Tida como um problema de saúde pública, tem maior incidência nos estados do Norte e Nordeste.²

O número de casos também chama a atenção ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, calcula-se que cerca de 9 milhões de pessoas apresentem sintomas de angina.³

Como afeta a vida de milhões de pessoas, é importante compreender os tipos de dor no peito para controlar ou mesmo prevenir a condição.

Tipos de dor no peito

Existem alguns tipos de angina, que variam conforme a causa da dor no peito e se os sintomas são aliviados com repouso e medicamentos específicos. Os tipos incluem:¹

Angina estável
Sendo o tipo mais comum, acontece após fazer algum esforço, como escalar uma montanha. Geralmente, essa dor no peito melhora após repouso ou uso de remédio. Ela dura cerca de 5 minutos, mas pode passar em menos tempo.¹

Angina instável
Tida como uma emergência médica, ocorre de repente no repouso ou quando está fazendo menos esforço físico.¹
Por ser mais grave, a dor não desaparece com o descanso ou medicamentos. Além disso, pode durar 20 minutos ou mais. Se não for tratada imediatamente, pode provocar um ataque cardíaco.¹

Angina variante
Na maioria dos casos, essa dor intensa desencadeada por espasmos nas artérias do coração acontece durante a noite e em repouso. Sendo cíclica, pode ser aliviada com o uso de medicamentos.¹

Angina refratária
Os episódios de dor no peito são frequentes, mesmo com a utilização de remédios e mudança de hábitos.¹

Quais são as causas da dor no peito?

As dores no peito são causadas pela redução do fluxo sanguíneo que vai para o coração. O sangue transporta o oxigênio e, se o músculo cardíaco não o recebe, pode ser prejudicado. A essa falta ou presença inadequada de sangue dá-se o nome de isquemia.¹

Um dos fatores que contribui para a diminuição desse fluxo do sangue é a doença arterial coronariana. As artérias podem ficar mais estreitas com o acúmulo de placas de gordura, o que pode romper vasos ou mesmo formar coágulos sanguíneos, provocando outros problemas cardíacos.¹

Vale relembrar que, se os vasos são rompidos ou coágulos são formados, isso afeta diretamente no fluxo sanguíneo, que pode ser reduzido ou bloqueado. Com isso, o coração pode ter seu funcionamento impactado, por não receber a quantidade de oxigênio necessária.¹

Quais são os sintomas da dor no peito?

O principal sintoma da angina é a dor no peito ou pressão na região. Mas outros sintomas que podem surgir são:¹

• Falta de ar;
• Enjoo;
• Fadiga;
• Tontura;
• Suor excessivo.

Dependendo do caso e da pessoa, a dor pode se apresentar de uma maneira diferente. As sensações mais típicas são de queimadura, pressão e aperto. Esse desconforto também pode se estender para outros locais, como mandíbula, pescoço, ombros, braços e costas.¹

Em mulheres, os sinais podem se confundir com outras dores ou ser manifestados de novas formas, a exemplo da dor aguda no peito e da dor no estômago.¹

Independente do sintoma, é de extrema importância buscar atendimento médico imediatamente, para que o profissional analise o tipo de angina e comece o tratamento adequado.¹

Quais os fatores de risco para a angina?

Alguns fatores podem aumentar os riscos de desenvolver dores no peito. Dentre eles, destacam-se:¹

• Histórico familiar de doenças cardíacas;
• Idade igual ou superior a 60 anos;
• Pressão alta;
• Altos níveis de colesterol ou triglicerídeos;
• Doença arterial periférica;
• Síndrome metabólica;
• Doença renal crônica;
• Acidente vascular cerebral (AVC) anterior;
• Diabetes;
• Obesidade;
• Estresse;
• Pouca atividade física ou sedentarismo;
• Uso de drogas;
• Tabagismo.

Caso você tenha alguma das condições citadas acima, é ideal procurar um médico cardiologista para avaliar a saúde do seu coração. Ele pode pedir alguns exames e indicar opções de tratamento ou mudanças de estilo de vida para prevenir a angina.

Como saber se minha dor é infarto?

A dor no peito é apenas um dos sintomas de um infarto. Dessa forma, é essencial se atentar aos demais sinais que seu corpo emite para saber se está ou não tendo um ataque do coração.^{4, 5}

Na maioria das vezes, o infarto pode começar com um desconforto na parte central do peito constante ou cíclico. Ele pode durar minutos, apresentando-se como uma pressão ou aperto.⁴

Essa dor no peito pode ser acompanhada de tontura, enjoo e até vômito. Na sequência, essas dores podem se alastrar até a mandíbula, o pescoço e as costas. Outros sinais que podem aparecer são dores ou incômodos nos braços e ombros, seguidos de falta de ar.⁴

Outra questão importante a se considerar é que o infarto tem múltiplas causas. Por isso, é importante saber se tem alguma predisposição ou fator de risco. Pressão alta, colesterol alto, diabetes e tabagismo são alguns dos fatores que aumentam as chances de infartar.⁵

Como é feito o diagnóstico de angina?

Para diagnosticar a angina, o médico analisa seu histórico médico e avalia seus sintomas. Ele também pode perguntar se apresenta algum fator de risco ou se tem casos da condição na família.⁶

Para confirmar o diagnóstico de dor no peito, o profissional de saúde pode pedir uma série de exames. Os mais solicitados são:⁶

• Exames de sangue;
• Eletrocardiograma;
• Ecocardiograma;
• Radiografia do tórax;
• Tomografia computadorizada cardíaca ou ressonância magnética;
• Angiografia coronária (para checar o interior dos vasos sanguíneos do coração).

Além disso, em alguns casos, pode pedir testes de estresse – o normal ou o nuclear. No primeiro, você faz uma atividade física, como andar na esteira ou pedalar na bicicleta, para checar o funcionamento do coração. No último, mede-se o fluxo sanguíneo durante o esforço e o descanso após injetar um traçador radioativo.⁶

Quando uma dor no peito é preocupante?

A dor no peito se torna preocupante quando dá sinais de que pode ser um ataque cardíaco. Essa pode ser uma das maiores complicações da angina. Por isso, é ideal se atentar aos sintomas que estão se manifestando.¹

Em casos de infarto, é normal sentir uma dor central no peito por minutos. Na sequência, esse desconforto pode se espalhar para pescoço, braços e costas.^{1, 4, 5}

Acompanhado desses sinais, a pessoa ainda pode desmaiar, sentir enjoo e vomitar. Nesse período, as dores no peito podem se tornar mais intensas e frequentes. Em situações mais severas, o paciente ainda pode sentir falta de ar e suar excessivamente.^{1, 4}

Caso suspeite de que está infartando ou alguém está sofrendo um ataque cardíaco, é fundamental que busque ajuda médica imediatamente.¹

Qual é o tratamento para a dor no peito?

Existem várias alternativas de tratamento para dor no peito. Cabe ao médico cardiologista definir com o paciente qual opção é a mais indicada para seu caso e estilo de vida.⁶

Os tratamentos disponíveis envolvem:⁶

• Uso de medicações específicas;
• Procedimentos, como angioplastia e implante de stent;
• Revascularização do miocárdio (também conhecida como cirurgia do coração aberto);
• Mudanças de hábito, a fim de adotar uma vida mais saudável.

Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas e diminuir o número de episódios de dor no peito, além de reduzir os riscos de infarto e morte.⁶

Ainda é válido destacar que o tratamento médico deverá ser imediato se sentir uma dor no peito constante e diferente do normal ou tiver uma angina instável, que é mais propensa a infartos.⁶

Quais os cuidados para evitar a angina?

Assim como outras condições que envolvem o coração, a dor no peito pode ser tratada e prevenida por mudanças no estilo de vida. Confira algumas delas abaixo!^{1, 6}

Alimentação saudável
Alimentos ricos em sal, açúcar e gordura saturada e gorduras trans devem ser evitados ou consumidos em baixa quantidade. Já proteínas magras, grãos integrais, vegetais e frutas devem ser uma prioridade na dieta.^{1, 6}

Prática de exercícios físicos
É fundamental tentar se exercitar 5 vezes na semana, por pelo menos 30 minutos. Antes de começar qualquer atividade, é aconselhável consultar um médico e um profissional de educação física.^{1, 6}

Redução de álcool e abandono do cigarro
O álcool e o cigarro são prejudiciais para o seu coração. Enquanto a bebida pode ser consumida com moderação, é mais recomendável parar de fumar.^{1, 6}

Gerenciamento do estresse
Controlar o estresse do dia a dia também é um jeito de cuidar do seu coração. Você pode se exercitar mais e buscar criar conexões com outras pessoas para aliviar a sensação.^{1, 6}

Existem outras maneiras de controlar a dor no peito ou mesmo se proteger dela. Caso tenha se interessado sobre a angina, clique aqui para se aprofundar ainda mais na saúde do coração e priorizar o seu bem-estar.

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