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O que é arritmia cardíaca?

Muitas pessoas ao redor do mundo convivem com a arritmia cardíaca, uma condição que provoca problemas no ritmo do coração e faz com que ele bata de forma diferente do normal.1

Para facilitar o entendimento, vamos imaginar o coração como um relógio: quando ele funciona corretamente, os batimentos são regulares e garantem que o sangue seja bombeado para todo o corpo. Mas, quando há uma falha nesse mecanismo, o coração pode acelerar, desacelerar ou até mesmo pular batidas. Essa irregularidade é a arritmia cardíaca.1

Essa alteração dos batimentos pode ser causada por diversos fatores, como problemas no sistema elétrico do coração, doenças cardíacas, alterações hormonais, uso de medicamentos ou até mesmo o estresse do dia a dia.1

É grave ter arritmia cardíaca?

Quando o coração tem batimentos cardíacos anormais, ele pode não conseguir bombear sangue suficiente para o corpo. Isso pode levar a diversos sintomas, como:1

  • palpitações: sensação de que o coração está acelerado ou batendo forte;
  • tontura: sensação de desequilíbrio e falta de firmeza;
  • fadiga: cansaço excessivo, mesmo para realizar atividades simples;
  • falta de ar: dificuldade para respirar, especialmente durante os exercícios físicos;
  • dor no peito: sensação de aperto ou pressão no peito.

Quais são os 4 tipos de arritmia?

Existem vários tipos de arritmia, mas os mais comuns são:1, 2

Fibrilação atrial
Imagine um grupo de pessoas tentando sair de um elevador, mas todas se empurrando em direções diferentes. É assim que o coração se comporta na fibrilação atrial. As câmaras superiores do coração (átrios) batem tão rápido e de forma tão irregular que o coração não consegue bombear o sangue direito. Essa é a arritmia mais comum e, se não tratada, pode aumentar o risco de AVC.1

Taquicardia
Já a taquicardia é como se você estivesse correndo uma maratona, só que sem sair do sofá. A frequência cardíaca fica muito rápida, normalmente ultrapassando 100 batimentos por minuto.2

Bradicardia
Agora, imagine o oposto da taquicardia. Na bradicardia o coração bate muito devagar e isso pode fazer com que você se sinta cansado e fraco. Geralmente, nesse repouso, o coração fica com 60 batimentos por minuto.2
A condição pode ser vista em jovens ou pessoas com um bom condicionamento físico. De qualquer forma, é importante consultar um médico para avaliar minuciosamente o seu caso.2

Batimentos cardíacos extras ou prematuros
Também conhecidos como extrassístoles são as batidas extras que interrompem o ritmo normal do coração. Geralmente, as extrassístoles são inofensivas e muitas pessoas nem percebem que as têm.1, 2

Mas, afinal, qual o ritmo ideal do coração?

O nosso coração não é música, mas tem ritmo, sim! Ele tem um tempo certo para cada momento. Em repouso, as batidas são mais lentas. Já durante um exercício físico, as batidas aceleram. O importante é que esse ritmo seja regular e constante.2

Em geral, a frequência cardíaca normal em um adulto em repouso fica entre 60 e 100 batimentos por minuto. Mas não se preocupe se a sua for um pouco mais baixa ou mais alta, isso pode variar de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores, como idade, condicionamento físico e até mesmo a hora do dia.2

O que leva uma pessoa a ter arritmia cardíaca?

Muitas coisas podem fazer com que o coração perca o ritmo e cause a arritmia. Algumas causas são mais comuns do que outras, e podem variar de pessoa para pessoa. Vamos conhecer algumas delas:1

  • genética: a predisposição hereditária contribui em alguns casos;
  • doenças cardíacas: hipertensão arterial, doença arterial coronariana, cardiomiopatia e histórico de infarto podem aumentar;
  • doenças não cardíacas: diabetes, hipertireoidismo e apneia do sono também podem contribuir para o desenvolvimento da arritmia;
  • fatores de risco: fumar, consumir muito álcool, usar drogas ilícitas e ter uma alimentação rica em sal podem sobrecarregar o coração e aumentar as chances de arritmia;
  • medicamentos: remédios utilizados para tratar alergias e constipações podem causar a condição como efeito colateral;
  • estresse ou ansiedade: em excesso, esses sentimentos podem desencadear arritmias em pessoas predispostas.

Sintomas da arritmia cardíaca

Os sintomas da arritmia podem variar entre pacientes e até mesmo de uma crise para a outra. Algumas pessoas podem sentir sinais muito intensos, enquanto outras podem não sentir nada. No entanto, os mais comuns incluem:1

  • coração acelerado: sensação de que o coração vai sair pela boca;
  • coração batendo forte: como se o coração estivesse dando umas pancadas mais fortes;
  • tontura: sentimento de que o mundo está girando;
  • falta de ar: dificuldade para respirar, principalmente em atividades físicas;
  • fadiga: cansaço excessivo, mesmo sem fazer muito esforço;
  • dor no peito: pode estar presente em alguns casos;
  • desmaio: geralmente acontece em casos mais graves.

Mas atenção: nem sempre a arritmia vem com sintomas. Às vezes, ela só é descoberta em um exame de rotina. Por isso, é fundamental fazer um check-up anual com seu médico.

Fatores de risco da arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca pode ter vários motivos. Às vezes, é por causa de alguma doença no coração, como pressão alta, diabetes ou problemas nas válvulas cardíacas. Outras vezes, pode ser por conta de hábitos ruins, como fumar, exagerar no álcool ou uma alimentação desequilibrada. O estresse também pode influenciar.1

Quais são os grupos de risco da arritmia cardíaca?

Algumas pessoas podem desenvolver a doença mais facilmente do que outras, devido a alguns motivos especiais. Por exemplo, quem tem:1

  • problemas no coração: pressão alta, diabetes, colesterol alto ou pessoas que já tiveram um ataque cardíaco;
  • tireoide desregulada: tanto quem tem a tireoide muito ativa quanto quem tem a tireoide mais lenta;
  • histórico familiar: se alguém da sua família já teve arritmia, você pode ter uma predisposição genética;
  • apneia do sono: quando a respiração para durante o sono.

Ainda vale destacar que as pessoas que fumam, bebem muito, não comem alimentos saudáveis e levam uma vida sedentária também podem ter mais chances de ter arritmia.1

Como é feito o diagnóstico da arritmia cardíaca?

Se você reparou algum dos sintomas acima e acha que tem arritmia cardíaca, o ideal é agendar uma consulta com um médico cardiologista. Ele vai pedir alguns exames certeiros para diagnosticar a arritmia.3, 4

Ecocardiograma, eletrocardiograma e monitoramento holter são os mais requisitados. Enquanto o ecocardiograma utiliza o ultrassom para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração, o eletrocardiograma registra sua atividade elétrica. Já o holter atua como um gravador portátil do eletrocardiograma, monitorando o ritmo cardíaco por 24 horas ou mais.3, 4

Outros testes que podem ser pedidos são o ergométrico e a eletrofisiologia. No primeiro, também conhecido como teste de estresse ou esforço, avalia o funcionamento do coração durante o exercício físico. Por sua vez, a eletrofisiologia é um procedimento mais invasivo que mapeia o caminho dos impulsos elétricos dos batimentos cardíacos.3

Como é o tratamento da arritmia cardíaca?

O tratamento vai depender do tipo de arritmia cardíaca, da sua causa e da gravidade dos sintomas.

Medicamentos
Os antiarrítmicos são os medicamentos específicos para controlar a irregularidade cardíaca. Em alguns casos, outros remédios podem ser utilizados. O cardiologista deve indicar o mais adequado para cada situação.4

Procedimentos
Alguns procedimentos podem ser uma alternativa para o tratamento, como a ablação por cateter e cardioversão, um procedimento que usa um choque elétrico para restaurar o ritmo cardíaco normal.4

Existem ainda o implante de marcapasso, que ajuda a regular o ritmo cardíaco, e o implante de cardioversor-desfibrilador implantável (CDI), que detecta e trata arritmias potencialmente fatais.4

A escolha do tratamento dependerá de diversos fatores, entre eles o tipo de arritmia, a gravidade dos sintomas, idade, saúde geral e preferência do paciente. É essencial que a pessoa com arritmia se envolva na tomada de decisão sobre o tratamento pesando os benefícios e os riscos de cada opção.4

Como se prevenir da arritmia cardíaca?

Para afastar a arritmia cardíaca de vez, algumas mudanças no estilo de vida podem fazer toda a diferença:4

  • alimentação saudável: priorize frutas, verduras, legumes, cereais integrais e carnes magras. Evite alimentos processados, com muito sal e açúcar;
  • atividade física regular: pratique exercícios físicos de forma regular, mas consulte seu médico antes de iniciar qualquer atividade;
  • controle do peso: manter o peso ideal é importante para reduzir a carga sobre o coração;
  • adeus ao cigarro: fumar aumenta o risco de diversas doenças, incluindo a arritmia;
  • cuidado com o álcool: o consumo excessivo pode prejudicar o coração;
  • controle do estresse: pratique atividades relaxantes como yoga, meditação ou passeios ao ar livre;
  • controle das doenças crônicas: se você tem diabetes, hipertensão ou colesterol alto, siga o tratamento indicado pelo seu médico.

Seu coração merece todo o cuidado

Como você viu, a arritmia cardíaca pode ter diversas causas e se manifestar de diferentes formas. Mas o mais importante é saber que ela pode ser controlada com o tratamento adequado e com a adoção de hábitos saudáveis. Acreditamos que cuidar da saúde do coração é cuidar da vida. Por isso, sempre disponibilizamos informações para ajudá-lo a viver bem e com saúde.

Referências Bibliográficas
  1. Mayo Clinic. Heart arrhythmia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/heart-arrhythmia/symptom…. Acesso em: 28 jan. 2025.
  2. National Heart, Lung and Blood Institute (NIH). Arrhythmia Types. Disponível em: https://www.nhlbi.nih.gov/health/arrhythmias/types. Acesso em: 28 jan. 2025.
  3. American Heart Association. Common Tests for Arrhythmia. Disponível em: https://www.heart.org/en/health-topics/arrhythmia/symptoms-diagnosis--m…. Acesso em: 28 jan. 2025.
  4. COSTA, A. C. et al. Arritmias Cardíacas: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 2, p. 348–360, 2024. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/1374/1583. Acesso em: 28 jan. 2025.

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