Quais as consequências da deficiência de GH em crianças?

Algumas das dúvidas mais comuns nas visitas ao pediatra são relacionadas ao crescimento das crianças. Mães e pais se preocupam, desde a gestação, se os seus filhos terão um desenvolvimento adequado e se atingirão boa estatura quando adultos. O hormônio responsável por essas funções é o GH, produzido por uma glândula do nosso cérebro. Se o GH é liberado de modo correto, não há motivos para que os pais se preocupem: a criança deve ter o crescimento esperado¹.

Há, no entanto, casos em que o hormônio de crescimento não é liberado como se espera, o que pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Por isso o pediatra tem o papel importante de acompanhar o crescimento da criança e determinar diagnósticos. Os principais indicativos para se investigar a deficiência de GH (DGH) são¹:

• Baixa estatura grave;
• Altura abaixo da altura parental média;
• Altura abaixo da média e baixa velocidade de crescimento;
• Sinais neonatais de deficiência de GH.

Grande parte das crianças com deficiência de GH cresce menos de 5 centímetros por ano. Há diversas razões para o baixo crescimento médio em crianças e, em alguns casos, essa lentidão é temporária. É preciso buscar auxílio médico para compreender se o que se passa é, de fato, um quadro de deficiência de GH².

A deficiência de GH (DGH) pode se manifestar de forma congênita ou adquirida¹.

• Congênitas: Disfunções hipotálamo hipofisárias, defeitos genéticos no eixo somatotrófico, defeitos genéticos na formação da hipófise e má formação do Sistema Nervoso Central (SNC), como hipoplasia hipofisária, neurohipófise ectópica e displasia septo-óptica. 
• Adquiridas: Tumores, irradiação, traumas/cirurgia no sistema nervoso central, isolada ou associada a outras deficiências hipofisárias¹.

Como reconhecer a deficiência de GH

São classificadas com baixa estatura somente as crianças com altura inferior a dois desvios padrões (DP), abaixo da média da altura apropriada para a população, conforme o sexo e a idade. Os motivos para a queda no crescimento variam, por isso o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para obtenção de bons resultados¹.

Alguns testes ajudam a avaliar as causas possíveis para a baixa estatura²:

• Raio X: da mão e do punho para idade óssea, que avaliam o potencial de crescimento em crianças;
• Exames de sangue: descartam outras condições que afetam o crescimento;
• Níveis de IGF-1: exames de sangue para níveis de fatores de crescimento, como fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) e a proteína de ligação ao fator de crescimento semelhante à insulina 3 (IGFBP-3);
• Teste de estimulação de GH: para saber se a hipófise está produzindo GH de forma suficiente, a criança recebe medicamentos que estimulam essa liberação;
• Ressonância magnética: geralmente feita em indivíduos com DGH para investigar problemas hipófise ou no cérebro².
  
   

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PP-UNP-BRA-3404 - Agosto/2024