Meu filho (a) é o (a) mais baixinho (a) da turma, e agora?
Como lidar com a baixa estatura e as suas consequências para as crianças? Entenda melhor.
Você já percebeu que seu filho (a) é o (a) mais baixo (a) da turma. A preocupação também aparece quando você faz comparações com crianças da mesma idade e sexo. Até a própria criança se pergunta “Por que eu sou a menor”? Essa observação é comum: de acordo com levantamento do Archives in Disease in Childhood, no Reino Unido, 97 em cada 100 indivíduos manifestam, na infância, o desejo de ser mais altos¹.
Mas será que a estatura é um motivo de preocupação? Vamos entender melhor neste blogpost.
O primeiro passo para entender se algo não vai bem com o crescimento infantil, é buscar ajuda médica³. Neste caso, a melhor opção é procurar o pediatra. Mesmo que não seja detectado nenhum problema de saúde, ele tranquilizará a família. De acordo com a pesquisa, somente 1 em 5 crianças apresenta uma razão médica para a altura abaixo da média¹.
Para descobrir se o seu filho realmente precisa de cuidados, o médico irá utilizar a chamada curva de crescimento, um gráfico que leva em conta o sexo e a idade para determinar se o paciente está com a altura compatível à faixa etária¹. Acesse para aprender mais sobre a curva de crescimento infantil aqui
Caso seja detectada alguma alteração após a avaliação do pediatra, altura abaixo do padrão familiar ou desaceleração do crescimento, por exemplo, o médico irá conversar com os pais para entender a causa. É importante também levar em conta outras condições como anemia, problemas no fígado, rins, na tireoide, intolerância alimentar etc. Também é importante se consultar com um endocrinologista, que fará exames complementares, se necessário¹. Saiba mais sobre o especialista aqui.
Exames para investigação²
Qualquer distúrbio do crescimento só pode ser diagnosticado por um especialista. Ele pode solicitar vários tipos de exames para identificar problemas no crescimento, como:
– Exame físico – junto com os pais, o médico da criança também é responsável por observar o crescimento durante os primeiros anos de vida.
– Exames de sangue – podem confirmar causas hormonais e genéticos dos distúrbios de crescimento.
– Raio-X de idade óssea– é responsável por determinar a maturidade e o potencial de crescimento ósseo.
Após avaliação minuciosa do especialista, o diagnóstico é fechado e o tratamento escolhido de acordo com o perfil e necessidade da criança.
Gerenciando o emocional da criança
Mesmo após o diagnóstico e tratamentos acertados, as crianças que são menores podem sofrer bullying. Um estudo de Voss e Mulligan (2000) mostrou que crianças de estatura baixa tinham o dobro de chances de serem alvos de bullying em comparação com outras crianças. Além disto uma quantidade significativamente maior de crianças de baixa estatura passavam ao menos um recreio por semana sozinha. Isto pode ser tanto uma causa quanto uma consequência do bullying ⁴.
Os pais devem prestar atenção em alguns sinais, que podem demonstrar que a criança está sofrendo bullying, como ⁵:
- Dificuldade de aprendizagem e de concentração em sala de aula
- Piora repentina no rendimento escolar
- Falta de vontade de ir à escola ou de fazer as tarefas escolares
- Pesadelos e insônia
- Isolamento, em momentos como recreio e aulas de educação física
- Agressividade, ansiedade ou depressão
- Preocupação excessiva com a aparência
- Volta para casa com machucados ou roupas e materiais danificados
É possível ajudar a criança através de ⁵,⁶ :
- Conversas e escuta ativa – ouvir o que a criança tem a dizer, sem interrupção, lição de moral e cobranças desnecessárias.
- Conversar com a escola - quando a situação é muito intensa e a criança ou o adolescente não consegue administrá-la sozinha, os pais devem interferir. Fale com a escola para compreender o que está acontecendo e pedir ajuda dos professores para ficar de olho na situação.
- Ajuda psicológica - na terapia, crianças e adolescentes vítimas de bullying aprendem a administrar as emoções ruins que as intimidações causam e a fortalecerem sua autoimagem.
Lembre-se que você também é peça fundamental no apoio e desenvolvimento do seu filho (a), portanto busque ajuda psicológica caso esteja se sentindo desconfortável com a situação.
Referências Bibliográficas
¹ - Revista Crescer Globo. Seu filho é mais baixo que os amigos da mesma idade dele. E agora? Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Desenvolvimento/noticia/2014/…. Acesso em abril 2024.
² - Dimmes. Como diagnosticar Distúrbios do Crescimento em crianças. Disponível em:https://www.dimmes.com.br/blogpp/como-diagnosticar-disturbios-crescimen…. Acesso em abril 2024.
³ - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DEFICIÊNCIA DE CRESCIMENTO. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-def…. Acesso em abril 2024.
⁴ - PEPSIC. A influência da baixa estatura sobre as representações psicossociais. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212…. Acesso em abril 2024.
⁵ - Revista Saúde News. 12 dicas para afastar seu filho do bullying. Disponível em: https://revistasaudenews.com.br/post/927/12-dicas-para-afastar-seu-filh…. Acesso em abril 2024.
⁶ – Psicólogo.com.br. Como lidar com o bullying na escola? Disponível em: https://www.psicologo.com.br/blog/como-lidar-com-o-bullying-na-escola/. Acesso em abril 2024.
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