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Muitas vezes temos a facilidade de acessar os resultados dos nossos exames de forma online, no entanto, existe uma questão importante a ser perguntada: só porque temos essa possibilidade seria prudente olhá-los e tentarmos interpretá-los sozinhos? 

 

Nos Estados Unidos, essa praticidade para acessar "diagnósticos descontextualizados" pode estar causando uma onda de ansiedade. Por lá, a proposta até tem uma boa intenção: empoderar o paciente fornecendo a ele livre acesso a suas informações de saúde, dando a eles a chance de ter um papel mais ativo em sua jornada. No entanto, entre um grupo de 1.000 pacientes, aponta-se uma divisão: enquanto 42% preferem ter os resultados assim que prontos, outros 43% preferem ouvir as notícias a partir do seu médico. Mas no caso de doenças graves ou condições que causam uma grande mudança, mais da metade daqueles que preferem o resultado imediato também escolheriam o intermédio médico².

 

E não é à toa: além da sensibilidade em um momento que pode ser transformador na vida do paciente, o médico é o profissional indicado para avaliar os exames, entender nuances, avaliar detalhes e somar o quadro de cada paciente (bem como seu histórico, sintomas e exames prévios) à análise, ou seja a leitura desses resultados não é tão simples. 

 

Mas o que o futuro reserva neste sentido? 

Estar preparado para a consulta e ter as perguntas certas é, sim, muito importante. Sentir-se seguro a respeito do seu diagnóstico, empoderado e mais ativo, também. Mas manter a tranquilidade e confiar no especialista que estudou anos para ser este momento pode ser ainda mais. Uma dica é o alinhamento: converse com seu médico, entenda prazos para os resultados e quando, mais ou menos, ele entrará em contato com você.2 Assim você poderá se preparar mental e emocionalmente2 (e, quem sabe, segurar a ansiedade e a vontade de se antecipar fazendo a leitura dos exames sozinho! Correndo o risco de interpretar mal os resultados e se equivocar, para o bem ou para o mal). 

E, se menos de 10 anos atrás, 1 em cada 20 buscas do Google era relacionada à saúde, uma pandemia e muito estresse depois, não seria de se espantar que esses números fossem ainda mais significativos, não é³?

 

Referências Bibliográficas

1. BC Medical Jorunal. Risks of online self-diagnosing: Cyberchondriacs.  Acesso em: julho de 2023. Disponível em: <https://bcmj.org/letters/risks-online-self-diagnosing-cyberchondriacs>&…;

2. The New York Times. Your Medical Test Results Are Available. But Do You Want to View Them? Acesso em: julho de 2023. Disponível em: <https://www.nytimes.com/2022/10/03/well/live/medical-test-results-cures…;

3. Revista Galileu. Como o doutor Google está criando uma legião de cibercondríacos. Acesso em: julho de 2023. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-o-doutor-…;

PP-UNP-BRA-2563 - Agosto/2023