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O transplante de medula óssea é um procedimento indicado para pessoas que enfrentam doenças graves, como leucemia, que afetam a produção de células do sangue. Esse tratamento pode restabelecer a função da medula e trazer esperança de cura.¹

Mas como ele funciona e para quem é indicado? Se você ainda não conhece o transplante de medula óssea, vamos investigar juntos tudo o que você precisa saber.¹ Desde a necessidade do transplante até os benefícios e cuidados envolvidos, essa é uma oportunidade para entender mais sobre esse tratamento que salva vidas, e trazer mais segurança para quem está passando por essa etapa.¹ 

O que é o transplante de medula óssea?

O transplante de medula óssea (TMO) é um tratamento médico que envolve a infusão de células-tronco hematopoéticas, que são células com a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células do sangue.¹

Elas são importantes para a produção de glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio pelo corpo, glóbulos brancos, responsáveis pela defesa contra infecções, e plaquetas, necessárias para a coagulação do sangue.¹ O TMO é frequentemente utilizado para tratar doenças que afetam a medula óssea, como leucemia (um tipo de câncer do sangue) e linfomas, que são cânceres do sistema linfático.¹

O que é medula óssea? 

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos e é vital para a produção dos componentes do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.² Por isso, ela é frequentemente chamada de “fábrica do sangue”. 

 

Tipos de transplante de medula óssea 

Quando falamos em transplante de medula óssea, é preciso entender que existem diferentes tipos, cada um com suas indicações específicas. Autogênico (Autólogo) O transplante autogênico é um procedimento onde as células-tronco hematopoéticas são coletadas do próprio paciente antes do tratamento. O uso das próprias células do paciente minimiza o risco de rejeição, pois o organismo já as reconhece como parte dele.¹

Esse tipo de transplante é indicado para pacientes que precisam passar por tratamentos intensivos, como quimioterapia ou radioterapia, que podem danificar a medula óssea.¹ Após a coleta, as células são congeladas e armazenadas, permitindo que o paciente receba o tratamento necessário antes de reintroduzir suas próprias células-tronco no organismo.¹

Alogênico

No transplante alogênico o paciente recebe células-tronco hematopoéticas de um doador, que pode ser um familiar próximo ou uma pessoa não relacionada.¹

Essa opção é frequentemente escolhida quando a medula óssea do próprio paciente não é adequada, por estar danificada ou devido a alguma doença que afeta a produção de células sanguíneas, como leucemias e outros tipos de câncer.¹ 

Após a infusão das células do doador, o paciente pode passar por um processo de recuperação que envolve a administração de medicamentos para prevenir a rejeição e facilitar a adaptação das novas células ao organismo.¹

Singênico 

Nesse caso, o doador é um irmão gêmeo idêntico do paciente. Essa modalidade é a mais rara, pois a ocorrência de gêmeos idênticos na população é relativamente baixa.¹

A compatibilidade genética entre o doador e o receptor é total, o que reduz bastante o risco de rejeição. Essa semelhança genética facilita a recuperação e a aceitação das células transplantadas pelo organismo do paciente.¹

 

Quando o transplante de medula óssea é indicado? 

O TMO é indicado em situações em que outras opções de tratamento já não são suficientes, sendo muitas vezes a única chance de cura.³

 Ele é recomendado principalmente para pacientes com doenças graves que afetam as células do sangue, como leucemias, linfomas e anemias severas. 

Nessas condições, o transplante permite restaurar a produção saudável de células sanguíneas.³Cada caso é avaliado individualmente, considerando a gravidade da doença e as condições do paciente.

 O transplante de medula óssea traz de volta a esperança do recomeço, abrindo portas para a recuperação e uma nova chance de vida.³

 

Como é feito o transplante de medula óssea? 

O transplante começa com um tratamento intenso, como quimioterapia ou radioterapia, para destruir as células doentes e a própria medula do paciente. ³ 

Em seguida, a nova medula, rica em células progenitoras saudáveis, é infundida no paciente de maneira semelhante a uma transfusão de sangue. Essas células circulam pela corrente sanguínea até se alojarem na medula óssea, onde começam a se desenvolver e substituir as células doentes.³

 

Quem pode ser doador de medula óssea? 

O processo para ser um doador de medula óssea é simples e começa com um cadastro, seguido de uma coleta de sangue para análise genética, que será usada para encontrar pacientes compatíveis. 2 Os principais requisitos são:

1. ter no mínimo 18 e no máximo 55 anos;²

2. estar em bom estado de saúde;²

3. não ter doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue.²

 

Após o cadastro, suas informações são incluídas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Se houver um paciente compatível, você será consultado para realizar exames adicionais e decidir sobre a doação. Este gesto de solidariedade pode ser a chance de cura para alguém que tanto precisa.²

Há riscos para o doador de medula óssea? O procedimento de doação de medula óssea, na maioria das vezes, é seguro e sem complicações graves. A coleta é feita em um hospital, sob anestesia geral, com uma agulha apropriada, e a medula óssea é retirada da parte posterior do osso da bacia.¹

O doador pode sentir dor no local da punção após o procedimento, mas esse desconforto costuma ser aliviado com analgésicos simples. Geralmente, o doador recebe alta em até 24 horas.¹

Em situações em que a quantidade de medula retirada é grande, pode ser necessário um reforço de ferro ou, raramente, uma transfusão de sangue.¹ No entanto, os riscos são mínimos e estão geralmente relacionados à anestesia ou a condições pré-existentes do doador. O mais importante é que, em pouco tempo, o corpo do doador se recupera e esse ato pode ter salvado uma vida.¹

 

Quais são os efeitos colaterais do transplante de medula óssea? 

Durante as primeiras semanas após o transplante, o paciente ainda não tem células suficientes para produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, o que aumenta o risco de infecções e hemorragias.³

Por isso, ele precisa ficar internado em isolamento, com cuidados rigorosos quanto à alimentação e à limpeza do ambiente para evitar complicações.³ Nessa fase, episódios de febre são comuns e monitorados de perto pela equipe médica.³ 

Apesar de todos os desafios enfrentados nas primeiras semanas, o transplante de medula óssea traz uma esperança real de cura para muitos pacientes. Esse processo é um testemunho da força e resiliência do corpo humano, além da importância da solidariedade dos doadores.³ O caminho pode ser longo, mas com o apoio da equipe médica, do hemocentro, da família e dos amigos, a recuperação é rápida, trazendo uma nova chance de vida.

Referências bibliográficas:

1. CASTRO JR, C. G. DE .; GREGIANIN, L. J.; BRUNETTO, A. L.. Transplante de
medula óssea e transplante de sangue de cordão umbilical em pediatria. Jornal de
Pediatria, v. 77, n. 5, p. 345–360, set. 2001. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/jped/a/MNSYPyKHSHgV5Z8qm3SnLLG/?lang=pt#&gt;

2. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Biblioteca Virtual em Saúde. | BVS MS |
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/transplante-de-medula-ossea/&gt;

3. Instituto Nacional de Câncer – INCA. TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA. 
Governo do Brasil | Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/…

PP-UNP-BRA-5876 - Dezembro 2024.