Mieloma múltiplo

O que é o mieloma múltiplo?

O mieloma múltiplo é um câncer que se origina no plasmócito, um glóbulo branco responsável pela produção dos anticorpos. Ele surge na medula óssea após um defeito celular durante uma mutação genética, o que gera plasmócitos anormais.^{1, 2} 

Até o momento, não se sabe o que causa a doença. Mas sabe-se que, quando o plasmócito sofre essas alterações genéticas, transforma-se em célula cancerosa, tendo um crescimento acelerado e descontrolado. Essa célula modificada produz um anticorpo (proteína M) que não funciona e o corpo não consegue combater os agentes infecciosos da melhor forma.^{1, 2} 

Ainda não existe um registro específico que analise a incidência do mieloma múltiplo no Brasil. No entanto, estima-se que até 10 mil casos possam ser diagnosticados anualmente no país.³ 

Quais são os sintomas do mieloma múltiplo?

Os sinais do mieloma múltiplo podem não se manifestar no início. Quando os sintomas da doença aparecem, podem incluir:^{1, 4} 

• Sede exagerada; 
• Perda de apetite; 
• Náusea; 
• Constipação (prisão de ventre); 
• Perda de peso; 
• Confusão mental; 
• Dores ósseas (especialmente na coluna, no tórax e nos quadris) e fraturas espontâneas; 
• Mau funcionamento de rins e inchaço nas pernas; 
• Infecções constantes (como de urina, pneumonia, entre outras); 
• Palidez, cansaço extremo e fraqueza. 

A maioria dos pacientes é diagnosticada com mais de 50 anos. Por isso, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças.⁵ 

É importante buscar ajuda médica caso tenha sinais preocupantes ou sinta dores persistentes, mesmo com o uso de remédios. O profissional responsável por tratar o mieloma múltiplo é o onco-hematologista.^{1, 4} 

Como é diagnosticado?

O mieloma múltiplo pode ser identificado em exames. Os testes mais comuns que detectam esse tipo de câncer são:^{4, 6} 

• Exames de sangue; 
• Exames de urina; 
• Biópsia de medula óssea (fragmento de osso da bacia é retirado para analisar, em laboratório, a quantidade de células de plasmócito presentes); 
• Exames de imagem (como ressonância magnética, tomografia computadorizada ou PET scan). 

No entanto, cabe ressaltar que o diagnóstico do mieloma múltiplo requer pelo menos um dos resultados: tumor ou pelo menos 10% de células plasmáticas na medula óssea, alto nível de cálcio no sangue, anemia, insuficiência renal, lesões nos ossos pelo crescimento do tumor, aumento de cadeias leves no sangue e 60% ou mais de células plasmáticas na medula óssea.⁷ 

Além disso, os resultados dos exames ainda ajudam os profissionais de saúde a decidir o estágio da doença, que variam de 1 a 3. Quando o estágio aumenta, significa que o mieloma múltiplo é mais agressivo.⁶ 

Fatores de risco

Algumas condições podem aumentar o risco de desenvolver o mieloma múltiplo. Esses fatores incluem:¹ 

• Idade: A maioria das pessoas é diagnosticada aos 60 anos.  
• Sexo: Os homens têm mais chances de desenvolver a doença do que as mulheres. 
• Raça: A incidência de mieloma múltiplo é maior em pessoas negras do que em outras raças. 
• Histórico familiar: A genética também aumenta o risco de desenvolver a doença (caso um pai ou irmão tenha mieloma, por exemplo).  

Ter gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é outro fator de risco. Afinal, o mieloma múltiplo começa como MGUS.¹ 

Os pacientes com idade superior a 65 anos representam 60% do diagnóstico da doença, tendo sua incidência 1,5 maior em homens e 2 vezes mais em pessoas afro-americanas. No Brasil, a média de idade é de 63 anos.⁸ 

Quais são os tratamentos disponíveis?

Atualmente, existem algumas opções de tratamento para o mieloma múltiplo, que permitem que o paciente viva bem e tenha uma boa qualidade de vida. Os mais comuns são a quimioterapia, os imunomodeladores e o transplante de medula óssea.⁴ 

A quimioterapia mistura vários medicamentos potentes, atuando na destruição e no controle do crescimento das células doentes. Já os imunomodeladores agem diretamente no sistema imunológico, aumentando a resposta contra esse agente causador da doença. Por sua vez, o transplante tem o objetivo de “limpar a medula” e repovoá-la com células saudáveis.⁴ 

Além dessas três alternativas, ainda existem outros tratamentos, como os inibidores de proteossoma, os anticorpos monoclonais, os anticorpos monoclonais biespecíficos, os bisfosfonatos e o CAR-T Cell. Somente o médico poderá indicar o melhor tratamento.⁴ 

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Como viver bem com o mieloma múltiplo?

Como não se sabe a sua causa, não existem formas de se prevenir do mieloma múltiplo.⁹ No entanto, existem algumas recomendações para melhorar a sua qualidade de vida em meio ao tratamento.¹⁰ 

Ter uma alimentação saudável e adequada é um dos passos para viver bem. Investir em frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras pode fazer com que se sinta melhor e fique mais nutrido.¹⁰ 

A prática de atividades físicas é outra aliada durante o tratamento da doença. Você pode fazer caminhadas leves e exercícios que fortaleçam seus músculos e ossos. É fundamental consultar profissionais da saúde, como médicos e professores de educação física, para saber quais atividades são mais indicadas para o seu caso.¹⁰ 

Também é essencial que siga corretamente seu tratamento para que tenha mais qualidade de vida.¹⁰

PP-UNP-BRA-5926 - Dezembro 2024.