Câncer de bexiga
Saiba mais sobre essa doença, fatores de risco, causas, sinais, diagnóstico e as possibilidades de tratamento.
O que é câncer de bexiga
O câncer de bexiga é o décimo tipo de câncer com maior incidência no mundo. A doença atinge as células do órgão, que faz parte do aparelho urinário. O câncer de bexiga mais comum é o carcinoma urotelial, que afeta o tecido interior da bexiga e representa mais de 90% dos casos da doença. Geralmente, ele aparece como um tumor superficial e tende a se manter na mucosa e submucosa do órgão.
Fatores de risco do câncer de bexiga
O câncer de bexiga é o quarto mais comum em homens, enquanto nas mulheres é o 8º tipo de câncer mais frequente. Além do sexo, características como idade e etnia também podem aumentar o risco de desenvolver a doença, pois pessoas brancas e mais velhas são os grupos mais afetados. Outros fatores de risco do câncer de bexiga também devem ser levados em consideração, tais como:
- Tabagismo: O cigarro é o fator de risco mais comum e está associado ao aparecimento do câncer de bexiga em mais de 50% dos casos.
- Exposição constante e prolongada a diversos compostos químicos: Produtos químicos que estão presentes em tintas, borrachas e equipamentos elétricos, fator que está relacionado com, pelo menos, 20% dos casos.
- Uso prolongado de medicamentos com ciclofosfamida: Como os utilizados em tratamentos para doenças autoimunes.
- Abuso de analgésicos: Analgésicos como a fenacetina.
Substâncias Associadas ao Câncer de Bexiga
Ainda não se conhece todas as causas do câncer de bexiga, mas as substâncias mencionadas, que estão presentes nos cigarros e tintas, são as mais associadas ao aparecimento de tumores no órgão. Portanto, a melhor maneira de prevenir a doença é evitar o contato com elas. Ou seja, não fumar e evitar o tabagismo passivo, além de não se expor a derivados de petróleo.
Sinais e sintomas do câncer de bexiga
Os sinais e sintomas do câncer de bexiga mais comuns e perceptíveis são:
- Sangue na urina, geralmente de cor vermelho vivo e acompanhado de coágulos;
- Irritação ao urinar, com ardor, dor ou qualquer outro desconforto;
- Polaciúria, que é o aumento do número de vezes que é preciso urinar, mas com diminuição da quantidade de urina em cada micção;
- Dor na região pélvica, com possibilidade de uma massa palpável, que acontece em casos de câncer avançado.
Ao notar qualquer sinal ou sintoma, procure um médico especialista
Apresentar um ou mais desses sinais e sintomas não significa, necessariamente, que a pessoa tenha câncer de bexiga. Mas sim que é preciso procurar um médico, que solicitará exames para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
Diagnóstico de carcinoma urotelial
Após a manifestação dos sintomas, o médico pode solicitar os seguintes exames para fazer o diagnóstico de carcinoma urotelial:
- Exame de urina: É possível analisar a presença de substâncias que indicam alguma doença. Também pode-se examinar células do tecido interior da bexiga por meio da citologia urinária, identificando ou não o carcinoma urotelial.
- Exames de imagem: Com tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética ou urografia excretora, o médico pode avaliar qual a origem do sangramento. Ou seja, se é dos rins, dos sistemas coletores, dos ureteres ou da bexiga.
- Citoscopia: Permite investigar a região interna da bexiga com um instrumento que possui uma câmera. Neste processo, também pode-se retirar células para realizar biópsia e chegar a um diagnóstico preciso.
Tratamento de carcinoma urotelial
Após a manifestação dos sintomas, o médico pode solicitar os seguintes exames para fazer o diagnóstico de carcinoma urotelial:
- Cirurgias - a ressecção transuretral é realizada quando o médico remove apenas o tumor da bexiga através da uretra. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar uma cistotectomia, que é a retirada parcial ou total da bexiga. Em casos de cistotectomia radical, é construído um novo órgão para armazenar a urina.
- Quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia - essas terapias podem ser utilizadas para preservar a bexiga, diminuindo o tumor e, assim, a necessidade de remoção de parte do órgão, ou de forma complementar às cirurgias, após o paciente já ter realizado a retirada, para evitar a reincidência do câncer.
- A quimioterapia e a imunoterapia podem ser aplicadas por meio da ingestão de medicamentos via oral ou por infusão na veia, mas é também comum a aplicação intravesical. Nesse caso, a substância é inserida diretamente na bexiga por meio de uma sonda introduzida pela uretra.
Referência Bibliográfica
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PP-UNP-BRA-2679 - Agosto de 2023