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Características das doenças raras

De acordo com a OMS, uma doença é considerada rara quando sua prevalência é menor do que 65 casos por 100.000 habitantes. Na Europa, o critério é de menos de uma em cada 2.000 pessoas, enquanto nos Estados Unidos, afeta menos de 200.000 pessoas no país. Em geral, cerca de 80% das doenças raras têm origem genética, o que significa que são causadas por alterações nos genes.1 

Essas condições podem se manifestar de forma variada, afetando diferentes sistemas do corpo e apresentando uma série de sintomas. Muitas vezes, as doenças raras são crônicas, progressivas, debilitantes e com risco de vida, o que coloca uma enorme carga sobre os pacientes e suas famílias.1 

Conscientização pública e apoio aos pacientes

A conscientização sobre as doenças raras teve início na década de 80, com um aumento exponencial nos últimos anos, graças aos esforços de grupos de apoio aos pacientes.1 

Os grupos de apoio a pacientes e pais desempenham um papel essencial não apenas na conscientização pública, mas também na promoção de cuidados adequados e benefícios sociais para os pacientes com doenças raras. Isso é especialmente importante, pois muitos pacientes enfrentam sistemas de saúde e de assistência social inadequados.1 

Em 2014, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Brasil. Essa política tem como objetivo melhorar o acesso aos serviços de saúde e à informação, reduzir a incapacidade causada por essas doenças e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com doenças raras. Ela organiza a rede de atendimento para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, disponibilizando atendimentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Todo esse cuidado é realizado por meio de avaliações individualizadas das equipes multidisciplinares nos diversos serviços de saúde do país.2 

Vacinação

Pessoas com doenças raras enfrentam desafios únicos quando se trata de sua saúde, especialmente no que diz respeito à prevenção de infecções. Algumas condições clínicas associadas às doenças raras aumentam o risco de infecções, mas a vacinação pode ajudar a prevenir essas complicações e até mesmo evitar desequilíbrios da doença pré-existente, mas a escolha das vacinas específicas deve levar em conta a doença e a predisposição para infecções imunopreveníveis dela.1 

Como as doenças raras englobam um grupo diverso de disfunções com manifestações clínicas variadas, é essencial ter uma abordagem individualizada para cada paciente. Isso significa identificar quais infecções podem ser mais prováveis ​​para cada pessoa e adaptar as recomendações de vacinação de acordo com essas probabilidades.1 

O estado clínico dos indivíduos com condições especiais deve ser cuidadosamente avaliado para determinar quais vacinas são recomendadas e quais precauções devem ser tomadas. Em geral, vacinas vivas atenuadas são contraindicadas para pessoas com sistema imunológico comprometido, enquanto as vacinas inativadas geralmente são seguras, mesmo que a resposta imunológica possa estar prejudicada.1 

Os profissionais de saúde devem determinar as vacinas essenciais e o melhor momento para aplicá-las, levando em consideração o estado imunológico do paciente e o risco de complicações. Essa abordagem garante a máxima proteção possível e a segurança do paciente.1 

Além disso, a vacinação de quem convive com alguém que tem uma doença rara, como pessoas que moram na mesma casa, cuidadores, profissionais de educação e saúde, é indispensável para minimizar o risco de transmissão de doenças infecciosas, especialmente quando a imunossupressão da doença contraindica ou reduz a eficácia de algumas vacinas nos pacientes.1 

Mulher com faixa na cabeça olha feliz para o horizonte

Conheça o CRIE

Saiba mais sobre o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) nesse conteúdo que preparamos sobre o tema

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Lembre-se!

É fundamental manter o calendário vacinal atualizado de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Os conviventes podem receber algumas vacinas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) que não estão disponíveis no calendário público de rotina.³ ⁴
Referências Bibliográficas
  1. KFOURI, Renato de Ávila; ARANDA, Carolina Sanchez A. et al. Imunizações em pacientes com doenças raras – Posicionamento conjunto da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). ASBAI – Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia. v. 5, n° 1, 2021. Disponível em: Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia - AAAI (aaai-asbai.org.br). Acesso em 17 abr. 2024. 
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Composição. Atenção Especializada à Saúde. Doenças Raras. Política de Saúde. Brasília, Ministério da Saúde. Disponível em: Política de saúde — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acesso em: 17 abr. 2024. 
  3. CAMBAÚVA, Daniela. Saiba se seu cartão de vacina está atualizado e conheça as imunizações do SUS. Agência Gov, 01 jan. 2024. Disponível em: Saiba se seu cartão de vacina está atualizado e conheça as imunizações do SUS — Agência Gov (ebc.com.br). Acesso em: 18 abr. 2024. 
  4. CALENDÁRIOS de Vacinação. Sociedade Brasileira de Imunizações - SBIm, c2017. Disponível em: Calendários de Vacinação - SBIm. Acesso em: 18 abr. 2024. 

PP-UNP-BRA-5004