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Como surge a Dermatite Atópica?

Além da herança genética, fatores ambientais e emocionais atuam como agravantes da doença. Atualmente, sabe-se que a dermatite atópica ocorre por alteração da pele, disfunção do sistema imunológico, ou seja, alteração das células de defesa do corpo, além de alteração do conjunto de bactérias que habitam normalmente a pele. Na dermatite atópica a pele está com sua função prejudicada, seja no controle da perda de água através da pele, seja na proteção contra os antígenos do meio externo.

Quem pode ter Dermatite Atópica?

Existe uma grande variação de manifestações clínicas, gravidade das lesões e evolução entre os pacientes. Normalmente, a dermatite atópica se inicia por volta dos três aos seis meses de idade e tende a melhorar após a puberdade. Contudo, indivíduos adultos e até mesmo idosos podem apresentar essa doença de pele, mesmo sem ter tido histórico na infância.

Como ela se manifesta?

As lesões da dermatite atópica podem apresentar vermelhidão, secreção, crostas, descamação e até mesmo espessamento da pele, sempre com bastante coceira. As lesões têm localizações muito características conforme a idade:

  • Até os dois anos de idade, aparecem lesões sobretudo em bochechas, pescoço, punhos e pés.
  • Entre dois e 12 anos, as lesões são mais comuns nas áreas de dobras, ou seja, na frente do cotovelo e atrás dos joelhos.
  • Nos adultos, além das dobras, as axilas, o pescoço e a nuca também são áreas comumente afetadas.
Quais são suas características?

A coceira está sempre presente na dermatite atópica e se caracteriza por ser de forte intensidade e ficar ainda mais incômoda no período da noite. É comum que pacientes com dermatite atópica tenham uma má qualidade de sono, também devido à coceira, o que afeta negativamente a qualidade de vida.

Outros fatores que agravam a coceira são suor, lã, calor, banhos muito quentes, certos alimentos e substâncias irritantes como perfumes, produtos de limpeza e cosméticos.

Existe associação da dermatite atópica com outras doenças, entre elas asma, rinite alérgica, conjuntivite, alergia alimentar, urticária e até mesmo transtornos mentais, tais como ansiedade e depressão.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dermatite atópica é clínico, ou seja, para se determinar se alguém tem dermatite atópica o médico precisa conversar com o paciente e/ou cuidador/responsável para saber como a doença se manifesta, qual tem sido sua evolução, quais são os fatores de piora e melhora, e examinar toda sua pele. A doença pode alterar alguns marcadores sanguíneos, porém, um exame laboratorial sem alterações não descarta o diagnóstico de dermatite atópica.

O diagnóstico precoce é importante para prevenir complicações, como infecções de pele, problemas para dormir devido à coceira, descamação da pele e coceira crônica.

O tratamento tem como objetivo o controle da coceira e a redução da inflamação. Além da importância da hidratação, é importante fortalecer a barreira da pele, evitando contato com alérgenos ambientais e agentes irritantes. Muitas vezes é tratada com medicamentos tópicos, aplicados diretamente na pele.

Em casos mais graves, poderão ser utilizadas medicações orais, incluindo corticoides e imunossupressores. Em caso de complicações, como infecções secundárias, é indicado o uso de antibiótico.

Porém, nunca se automedique. Somente o médico pode avaliar a sua situação e, com base nisso, recomendar um tratamento personalizado para você.

 

#CuidadosJuntosInforma

Como se trata de uma doença em que o exame físico é fundamental para o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado, somente o profissional da saúde (dermatologista ou alergologista) está habilitado para isso. Agende uma consulta com um médico especialista em caso de suspeita.

Referências Bibliográficas

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