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Com prevalência de 10% a 20% entre as crianças e de 5% a 10% entre os adultos, a  dermatite atópica é uma das doenças de pele mais comuns na faixa pediátrica e traz  grandes impactos na qualidade de vida dos pacientes, seja pela piora da qualidade do  sono, pela coceira ou pelas lesões de pele aparentes que podem levar ao isolamento  social, ansiedade e depressão. 

O impacto na vida dos pacientes pode ser medido pela piora no desempenho e faltas na escola ou no trabalho, decorrentes de noites mal dormidas ou crises de coceiras. Estudos  científicos demonstram que a prevalência de ansiedade e depressão é maior em  pacientes com dermatite atópica, assim como nos seus cuidadores/responsáveis, quando comparados a população geral.

pai e filho

Sendo assim, o tratamento deve contar não apenas com uma equipe multidisciplinar,  incluindo médicos, como pediatra para casos em crianças, dermatologista, alergista,  psiquiatra, psicólogos e, se necessário, nutricionista. Também é recomendado que o  paciente e seus cuidadores façam parte de grupos de apoio e até mesmo programas de  educação específicos para dermatite atópica. Conversar sobre a doença e seu  enfrentamento com outras pessoas que têm as mesmas dificuldades, fora de um  ambiente de consultório pode ser transformador. 

rede de apoio

Através dos programas de educação é possível aumentar o conhecimento sobre a  doença, alinhar expectativas com relação ao tratamento, reforçar a adesão às terapias  sugeridas pelo médico e, dessa forma, melhorar a evolução da doença e a qualidade de  vida das pessoas com dermatite atópica. Vários são os modelos de programas de  educação e grupos de apoio voltados para pacientes e cuidadores.

Esses grupos, como por exemplo, a Associação de Apoio à Dermatite Atópica,  geralmente estão ligados a hospitais de referência ou hospitais-escola e existem em  diversos estados brasileiros. As atividades propostas por eles são variadas e alguns ainda  oferecem iniciativas on-line que permitem à participação mesmo a distância. Se você se  interessar, procure em sua região. De mente aberta, sua participação com certeza  melhorará seu entendimento sobre a dermatite atópica, sua adesão ao tratamento e,  consequentemente, sua qualidade de vida. 

grupo de apoio

A participação dos pacientes e cuidadores nessas atividades deve respeitar a  individualidade e os limites de cada um, além disso os coloca em uma postura ativa em  relação à sua doença e ao seu tratamento.  

O acompanhamento médico continua sendo necessário

Mas agora os pacientes e cuidadores não atuam somente como ouvintes, mas também como participantes ativos de suas lutas frente à dermatite atópica.
Referência Bibliográfica
  1. Aoki V, Lorenzini D, Orfali RL, et al. Consensus on the therapeutic  management of atopic dermatitis - Brazilian Society of Dermatology. An Bras  Dermatol. 2019;94(2 Suppl 1):67-75. 
  2. Takaoka R, Aoki V. Education of Patients with Atopic Dermatitis and Their  Caregivers. Pediatr Allergy Immunol Pulmonol. 2016;29(4):160-163.
  3. Langan SM, Irvine AD, Weidinger S. Atopic dermatitis. Lancet. 2020 Aug  1;396(10247):345-360. Erratum in: Lancet. 2020 Sep 12;396(10253):758. 

PP-UNP-BRA-2695